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Into The Great Divide: Um novo e incrível projeto com Mike Mangini na bateria

Por Rodrigo Altaf
Fonte: Lotsofmuzik
Postado em 30 de janeiro de 2018

Ainda é cedo em 2018, mas não houve escassez de bons lançamentos este ano quando se trata de metal e prog. Um álbum que já chamou nossa atenção este ano é chamado de "Into the Great Divide". Lançado em 26 de janeiro via Wilshire Records, foi um projeto cheio de sigilo, até que o nome por trás dele foi revelado como Zack Zalon. Zack tocou tudo, exceto bateria no álbum, e recrutou o produtor Rickard Chyki e o baterista Mike Mangini (Dream Theater) para ajudá-lo a concluir o projeto. Rodrigo Altaf da Lotsofmuzik teve a chance de entrevistar Zack para discutir este lançamento e a idéia por trás dele - um álbum instrumental conceitual. A matéria original se encontra aqui.

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Lotsofmuzik - A primeira pergunta que veio à minha mente quando me ofereceram a oportunidade de entrevistar você foi "de onde saiu esse cara?". Então, conte-nos um pouco sobre sua experiência como músico e outras obras de que você fazia parte.

Zack Zalon - Bem, não houve outras obras musicais minhas antes desta. Eu sou contador de histórias, entrepreneur, empresário e músico, e eu tenho feito isso por muito tempo. A maior parte da minha carreira foi ajudando empresas realmente grandes a trazer projetos digitais high profile à vida. Eu comecei minha carreira como músico - eu cresci na costa leste dos Estados Unidos e fui para Los Angeles e frequentei o Musician´s Institute. Um dos meus primeiros empregos foi como gerente de uma casa de shows em Los Angeles, chamada The Troubador, que existe desde 1956, e tive a sorte de gerenciar e escalar artistas lá por alguns anos. Foi lá que eu realmente encontrei a paixão por produtos digitais, e eu tive muita sorte porque tive a oportunidade de executar alguns projetos muito grandes e construir uma grande empresa como parte disso nos últimos vinte anos. Isso nunca me dissuadiu de fazer algo com respeito à música. Na minha perspectiva, porém, o que faltava era a história que queria contar. Não estou interessado em fazer algo apenas do ponto de vista musical apenas para tocar música. Eu realmente queria compartilhar uma história. Há uma narrativa que eu estava procurando em alguns aspectos. Quando descobri o que era essa narrativa, eu finalmente decidi gravar um álbum.

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Lotsofmuzik - O álbum tem uma proposta interessante, que é contar uma história através de música instrumental e narração. Como você teve essa ideia?

ZZ - Eu crio produtos inovadores para viver. Essa é a minha maior paixão, o que eu acordo pensando e sobre o que eu dormi sonhando. Isso pode assumir qualquer forma: uma empresa, um produto e outras formas. Neste caso particular, o que me impressionou foi que quando se trata de música instrumental, não há contexto quando se trata disso. Quando você escuta uma faixa versus outra faixa em um disco instrumental, a única diferença entre as faixas é talvez um timbre diferente, ou o tom. Desde o início, eu me propus a fazer um álbum progressivo de guitarra instrumental, mas não queria fazê-lo até encontrar a froma de me a comunicar de uma certa maneira. A visão que eu tive para isso era poder levar o ouvinte através de uma história inteira de ponta a ponta. Então, o conceito começou antes de eu escrever a música - o conceito de ter um narrador que crie essa parte da história, e então a própria faixa, que chamamos de "capítulo", seria composta desde o início para combinar com essa parte da história. Então, quando ouvimos a música de um capítulo particular, corresponde exatamente aos elementos da narrativa naquele momento, e dá ao ouvinte um sentimento de onde estamos na história e estabelece uma conexão com o que estamos tentando dizer na história.

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Lotsofmuzik - Você poderia expandir e explicar o conceito do álbum?

ZZ - O conceito baseia-se na ideia de Joseh Campbell sobre a "jornada dos heróis". Ele foi um cientista social que decifrou que há uma história que abriu caminho nas narrativas mais importantes da história. É a história da luta comum, e os passos que devem ser necessários para viver verdadeiramente uma vida longa e bem-sucedida. E você vê esse tipo de narrativa em muitos lugares diferentes - em figuras religiosas, figuras históricas, nas histórias de heróis esportivos e mesmo em filmes como Star Wars. É basicamente a ideia de que começamos uma jornada, damos um grande passo e, finalmente, nos encontramos em batalhas que perdemos. E a diferença entre aqueles que têm êxito e aqueles que não o têm é que algumas pessoas vão se retirar, se autoconhecer e encontrar novas forças para poder vencer essas batalhas. E nesse processo, elas experimentam uma profunda mudança. Esta não é apenas uma narrativa histórica, é realmente uma coisa factual. Em outras palavras, vemos isso o tempo todo. Sempre que precisarmos encontrar esse nível extra necessário para ganhar as batalhas que escolhemos, ele realmente muda as pessoas no processo. Então essa é a história que eu queria contar - a história comum de um objetivo, uma luta, uma luta superada e, finalmente, um sentimento de sucesso no final. Então Joseph Campbell fez um ótimo trabalho para criar um fluxo de narrativa geral, e esse é o fluxo que eu queria capturar no álbum. Não apenas narrativamente, mas também musicalmente, onde a música de cada capítulo é escrita especificamente da maneira que esse capítulo requer.

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Lotsofmuzik - Você tocou tudo no álbum, menos bateria. Como foi o processo para escolher Mike Mangini, e ele era o único baterista que você tinha em mente?

ZZ - Eu acho que quando comecei, a idéia de ter Mike Mangini tocando no álbum era mais fantasia do que um plano. Eu considero que ele é o baterista de metal progressivo mais preeminente no mundo de hoje, então, certamente, quando começamos o projeto, teria sido fantástico. Mas quando eu comecei a gravá-lo, fiz uma faixa e meia sozinha em casa, e entrei em contato com [o produtor] Richard Chycki sem nem conhecê-lo pessoalmente. Enviei-lhe a música, nos encontramos para o café, e o desejo de trazer esta história à tona realmente se tornou uma parceria muito forte. Tivemos uma grande conexão em termos do que queríamos fazer com a música. Quando ele abraçou o projeto para produzir, começamos a construir as faixas e, em algum momento, fazia sentido convidar Mike Mangini para o processo. Nós lhe enviamos a música, começamos a colaborar com ele e a receber alguns comentários. E, finalmente, fomos capazes de encontrar tempo entre uma tour e outra, onde ele pôde vir à Califórnia e gravar todas as faixas. Não começou assim, foi construído ao longo do tempo, e as pessoas começaram a ver e acreditar no que estávamos fazendo que construímos a equipe e, finalmente, Mike se tornou parte disso.

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Lotsofmuzik - Você estava presente no Sound City Studios quando gravou a bateria? Ele teve liberdade para criar suas partes de bateria, ou você lhe deu instruções para acentuar essa ou aquela parte durante a gravação?

ZZ - Eu estava lá o tempo todo. Mas eis algumas coisas que eu poderia dizer sobre Mangini: a primeira coisa é que ele é incrivelmente preparado. Ele não chega no estúdio tentando se ambientar, ele já chega com cinco idéias diferentes que ele poderia trazer para cada parte do álbum. É um pouco estranho, ele é incrível! E foi uma das experiências mais divertidas que já tive, porque quando nos sentamos juntos e ele estava compondo sua contribuição, ele tinha várias opções para escolher que poderíamos tentar. Ele tinha total liberdade para fazer o que desejava, mas trabalhávamos de forma colaborativa para encontrar os componentes certos para montar, de modo que correspondiam à visão do que era o álbum. Mas, para cada capítulo, nos sentamos e conversamos sem parar sobre o que estávamos tentando atingir. Existem certas canções em que ele toca mais intensamente do que outras, porque ele está tentando mostrar toda a energia que estamos tentando estabelecer. Em outras músicas ele está se segurando um pouco, porque há algum outro sentimento que estamos tentando incorporar. Então, foi uma experiência incrível vê-lo trabalhar.

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Lotsofmuzik - Para os leitores que não são versados na tecnologia de gravação, qual foi a importância de gravar a bateria no Sound City Studio do Dave Grohl, com o "Neve Console"?

ZZ – A parte incrível do Sound City é que a sala de gravação é enorme! O som de bateria ressoa infinitamente, e executando-o através desse Neve Console, o som era tão quente e pungente! É claro que este é um álbum de metal progressivo moderno, mas também queremos respeitar todas as grandes músicas progressivas que nos influenciaram ao longo dos anos. Nós realmente queríamos que os timbres saltassem aos ouvidos, e o que há de bom no Neve Console é que é uma mesa de gravação do início da década de 1970 e, em alguns aspectos, acho que você pode ouvi-lo. Se você prestar atenção, há um elemento de rock clássico em todo o álbum, e acho que, de certa forma, o Neve realmente nos ajudou a conseguir isso.

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Lotsofmuzik - Antes de descobrirmos quem estava por trás desse projeto, muitas pessoas achavam que poderia ser um álbum solo de John Petrucci, e definitivamente podemos ouvir as semelhanças entre o seu estilo e o dele. Quais foram algumas das suas outras influências como músico?

ZZ - Eu fico lisonjeado de ouvir isso. John Petrucci é um guitarrista incrível, e ser mencionado na mesma frase que ele certamente é uma grande massagem no meu ego. Mas, na verdade, minhas maiores influências realmente não têm nada a ver com John especificamente. Se eu tivesse que nomeá-los, eu diria que minhas maiores influências seriam Steve Lukather e Dan Huff, que teve em uma banda chamada Giant nos anos 80 e agora é um produtor de música country. O que é incrível nele e no Steve Lukather é que eles sabem como construir um solo e com isso eles contam uma história dentro de uma música. Mas eu não posso deixar de lado a influência que músicos como Steve Vai e Joe Satriani tiveram em mim nos meus anos formativos. A primeira vez que ouvi Satriani, minha cabeça explodiu....eu passava horas tentando descobrir o que ele tocava em um álbum e encontrando uma maneira de reproduzir aquilo.

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Lotsofmuzik - Há planos para fazer uma turnê para promover o álbum, e Mangini será incluído?

ZZ - Eu não tenho objetivos de fazer turnês como uma banda ao vivo. Nosso objetivo é trazer o álbum à vida de maneiras únicas, contando as histórias de forma diferente do que a maioria dos fãs de música as experimentariam. Nós temos algumas coisas interessantes sendo discutidas no momento. Sem entrar em detalhes demais, não envolve música ao vivo, mas envolve uma configuração ao vivo. Assim, o objetivo é reunir as pessoas com um interesse comum e encontrar novas maneiras de contar histórias. Tocar ao vivo seria ótimo, mas eu tenho uma grande empresa que eu administro, e esse é o meu foco e o que atrai a maior parte da minha atenção. O objetivo que tenho aqui é poder encontrar formas novas e únicas de reunir as pessoas, assim como encontramos uma maneira nova e única de fazer o álbum em primeiro lugar.

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Lotsofmuzik - Você planeja continuar a lançar álbuns sob o nome "Into the Great Divide", como um projeto regular ou banda completa?

ZZ - Não, o objetivo para mim é continuar a compartilhar a narrativa que estabelecemos aqui. Mas existem algumas maneiras realmente interessantes e criativas de se conectar com pessoas que usam música, que nem sequer têm que assumir a forma de um álbum tradicional, e meu objetivo é expandir isso. A resposta ao álbum foi melhor do que eu poderia ter esperado, e o que é excitante para mim é encontrar uma maneira de se conectar com pessoas interessadas no formato de "Into the Great Divide" como um conceito , e encontrar novas formas de se conectar com eles usando música.

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Lotsofmuzik - Como você selecionou o narrador - você pensou em narrar você mesmo?

ZZ - Eu nunca pensei em narrar isso sozinho. Tenho a sorte de morar em Los Angeles, onde há vários atores de locução. Eu tinha em mente o que eu queria ouvir, e fiz um teste com várias pessoas até encontrar a voz que melhor se adequava ao que eu queria alcançar de forma estilística.

Lotsofmuzik - Muito obrigado!

ZZ - Obrigado!


Into the Great Divide foi lançado em 26 de Janeiro de 2018 via Wilshire Records. O tracklist é:

Chapter 1. Intro
Chapter 1. The Crossing
Chapter 2. Intro
Chapter 2. A Call To Adventure
Chapter 3. Intro
Chapter 3. Under A Bright Starry Sky
Chapter 4. Intro
Chapter 4. Tests & Enemies
Chapter 5. Intro
Chapter 5. Challenge Accepted
Chapter 6. Intro
Chapter 6. Dark Waters
Chapter 7. Intro
Chapter 7. Mist In The Sun
Chapter 8. Intro
Chapter 8. A New Perspective
Chapter 9. Intro
Chapter 9. The World You Made
Chapter 10. Intro
Chapter 10. And So It Ends

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A matéria original foi publicada aqui:
http://lotsofmuzic.weebly.com/home/into-the-great-divide-a-new-and-exciting-project-featuring-zack-zalon-and-dream-theater-drummer-mike-mangini

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Sobre Rodrigo Altaf

Mineiro nascido em 1974, esse engenheiro civil que vive e trabalha no Canadá começou a ouvir heavy metal aos dez anos, após acompanhar o Rock in Rio I pela televisão. Após vários anos sem colaborar pro Whiplash.Net, está em busca de todos os shows possíveis em Toronto. Entre suas influências estão Iron Maiden, Van Halen, Rush, AC/DC e Dream Theater.
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