Dire Straits: Que tal investir grana na banda?
Por Durr Campos
Fonte: The Guardian
Postado em 22 de setembro de 2018
Você não leu errado, os britânicos lançaram uma modalidade financeira permitindo que pessoas físicas, investidores de alto risco e outros comprem ações referentes a direitos autorais.
Não se trata de algo inédito, pois David Bowie já havia feito o mesmo em 1997, dando aos fãs a chance de investir no seu multimilionário e vasto catálogo de canções.
Quem investir irá receber uma parte de tudo o que for comprado fisicamente, baixado legalmente - incluindo serviços de streaming tipo Spotify - ou tocado em rádios.
O empreendimento, oriundo da Royalty Exchange, uma empresa americana especializada em comprar e vender 'royalties', confirma o que Bowie e outros perceberam há algum tempo: clássicos não são apenas a trilha sonora da vida das pessoas - elas também são "ativos" potencialmente lucrativos, os quais podem ser empacotados e vendidos a investidores ricos - por mais que essa ideia possa horrorizar alguns apreciadores da boa música.
Ironias para o canto, o portfólio inclui o maior sucesso do Dire Straits, 'Money for Nothing', tema que abordou astros do rock ganhando rios de dinheiro aparentemente fazendo pouco mais do que tocar guitarra ou batucar tambores. Relembre o vídeo abaixo.
Apenas aqueles com bolsos, digamos, mais profundos, podem participar da brincadeira, no entanto. Para serem aceitos no esquema, os investidores devem ter mais de 1 milhão de dólares de ativos investíveis além de seus países ou uma renda anual acima de 200 mil dólares, ou ainda uma receita conjunta que supere U$ 300 mil.
O apogeu do Dire Straits deu-se durante a década de 1980, creio que disto ninguém discorde. Pois bem, Mark Knopfler e sua banda resolveram encerrar atividades no já distante ano de 1995, mas, segundo a própria Royalty Exchange, os lucros de seu catálogo "não estão apenas crescendo, mas superando o da indústria musical. Grande parte disso deve-se ao boom de streaming de música, responsável por introduzir o patrimônio do rock às novas gerações e levar muitos admiradores mais antigos a revisitar as bandas de sua juventude."
A empresa comentou que a fatia do catálogo do Dire Straits disponível para venda "rendeu cerca de 296 mil dólares nos últimos 12 meses, mas ganhou por direitos autorais desde 1978, ano de seu debut. Ainda acrescentou que, enquanto a indústria da música cresceu 14% de 2015 para 2017, o lucro do catálogo Straits progrediu 60% nesse mesmo período."
A oferta de investimento surgiu porque o ex-empresário do grupo, Ed Bicknell, está vendendo sua parte dos royalties de gravação gerados pelo catálogo completo da banda, juntamente com lançamentos solo dos membros da banda Mark Knopfler e John Illsley. Isso inclui todos os seis álbuns de estúdio, incluindo "Brothers in Arms" [1985], o oitavo disco mais vendido de todos os tempos no Reino Unido, além de sucessos como 'Sultans of Swing' e 'Walk of Life', videoclipes, registros ao vivo e quaisquer futuras compilações.
Para ler a matéria completa, em inglês, acesse este link.
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