RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Bangers Open Air confirma edição de 2026 e anuncia venda de blind tickets

Adrian Smith (Iron Maiden) vê futuro sombrio para novas bandas

"Tudo que eu não queria ser": o guitarrista com quem Jeff Beck não queria ser comparado

Kirk Hammett (Metallica) admite que poderia ser um guitarrista melhor

Os gigantes do rock alternativo considerados por Lemmy Kilmister como "bandas sub-emo"

Geezer Butler admite pesadelos com o último show do Black Sabbath

Ghost faz história e chega ao número 1 da Billboard com "Skeletá"

A banda a que o Pink Floyd deve sua existência, segundo o baterista Nick Mason

Mãe de Cazuza vence deputado Marco Feliciano na justiça

A música ideal para apresentar o trabalho do Dream Theater, de acordo com James LaBrie

A canção dos Titãs que Nando Reis coloca entre uma das maiores da música brasileira

Kerry King explica por que prefere músicos mais velhos; cabelos brancos, mas dedos rápidos

Quando Gilmour percebeu que o Pink Floyd virou um fardo: "Estava ficando um pouco demais"

Para Max Cavalera, metal é "o que há de mais positivo no mundo"

A diferença entre King Crimson e Paul Simon, segundo Humberto Gessinger


Stamp

OMD: Um souvenir para os fãs

Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 04 de novembro de 2018

Ouvintes casuais não sabem o nome dos membros do Orchestral Manoeuvres in the Dark (OMD), a não ser, na melhor das hipóteses, Andy McCluskey e Paul Humphreys.

Quando se assiste Souvenir, documentário de 2007, percebe-se que mesmo o OMD reformado não se importou que soubéssemos mais nomes além da dupla fundadora. Nos mais de 90 minutos dirigidos por Rob Finighan, apenas Andy e Paul falam, Os outros dois membros ficam constrangedoramente em segundo plano, às vezes, com o narrador falando sobre eles e assim mesmo aparecem só quando não havia mesmo outro jeito, a saber, quando o OMD começa os ensaios pra sua volta de 2006. Considerando-se que desde sempre a dupla McCluskey/Humphreys tem sido creditada como os inovadores por trás do nome OMD, ninguém deve realmente se importar com o eclipsar dos demais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Souvenir opera em dois tempos narrativos intercalados: o presente que em 2007 já era passado e o passado propriamente dito, do início da banda, até a saída de Paul, em 1988, descontente com o comercialismo pós-Dazzle Ships (1983).

O "presente" mostra Andy e Paul ensaiando duro para uma apresentação com orquestra pra TV alemã. Eles fingem que contam porque reataram a parceria após 17 anos e vemos até entrevistas com a plateia do show íntimo realizado pra 100 fãs escolhidos no site. Antes de embarcar na primeira turnê do bem-sucedido retorno (ano passado lançaram elogiado álbum, inclusive), o OMD queria testar se ainda tinha química para entreter. Claro que a plateia perdoaria deslizes, porque fanática, mas não deixou de ser bom aquecimento e calibrador. É tão legal ver fãs de música pop, então já bem avançados na meia-idade, sendo entrevistados em comparação ao que a grande mídia mostra ao priorizar astros jovens (que é o correto mesmo, assuma-se).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Nas partes dedicadas à trajetória, Paul e Andy visitam locais em Liverpool, onde começaram, hoje irreconhecíveis, porque depósitos ou símiles. A concepção de clássicos como Electricity, Enola Gay e Souvenir é abordada, assim como as objeções de cada um, quando se tratou de composição solo do outro. Andy e Paul deviam ser bastardos arrogantes no auge, quando sintetizaram magistralmente a eletrônica do Kraftwerk, com a crueza punk e o desespero sombrio e gélido do pós-punk à Joy Division.

Essas influências são reconhecidas, assim como a arrogância, como quando o duo esnoba o ZZ Top, que no começo dos 80’s já era passado. E não é que na autobiografia dos roqueiros ianques, eles citam o OMD como motivador pro renascimento oitentsita dos barbudos?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

A empáfia de Paul e Andy cessaria com o fracasso comercial de Dazzle Ships. Hoje o álbum é reconhecido como clássico, mas na época naufragou e os meninos perceberam como era gostoso fazer sucesso, como era perigoso brincar com gravadora e como era custoso ser adulto e ter contas a pagar.

A partir do abraço ao comercialismo pós-Dazzle, Souvenir obscurece e dedica cada vez mais tempo ao retorno. Nada é dito sobre o estouro nos EUA, com If You Leave Me, e nem sobre o OMD pós-Humphreys. Paul e Andy também adoram contar como o contrato com a gravadora no início de carreira foi vantajoso apenas pra empresa, mas curiosamente Souvenir silencia sobre isso.

Claro que a narrativa oficial de "comercialismo" levando ao desgaste da relação entre Paul e Andy deveria ser relativizada. Por mais fundamental que seja, o rigoroso Architecture & Morality chegou ao terceiro posto da parada britânica. Um álbum sombrio como Organisation, de 1980, rendeu Enola Gay, que cravou primeiro na Itália e Espanha e mesmo na Inglaterra, um respeitável oitavo lugar na parada de singles. Se não fossem realmente comerciais, seus trabalhos entrariam nas paradas?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Mas, quantos documentários sobre quaisquer astros pop levantam questionamentos assim? Então não usemos isso para descartar Souvenir. Embora lhe falte muito pra ser uma "história" da sigla OMD, tem informação suficiente pra fãs de synth pop, anos 80 e até da dupla.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Manifesto 2025


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS