Still Living: Entrevista com o vocalista Renato Costa
Por Renan Caíque
Fonte: Renato Costa
Postado em 04 de novembro de 2018
Press-release - Clique para divulgar gratuitamente sua banda ou projeto.
Still Living é uma banda de Hard Rock e AOR formada em 2004 em Garanhuns, Pernambuco. E que desde então lançou os discos "From now on" (2012), "Humanity" (2015) e YmmiJ (2017), eu trazem um som melódico e bem trabalhado. Tive o prazer de conversar com o vocalista Renato Costa, que também canta na banda peruana de Hard Rock e A.O.R Revlin Project.
Olá, Renato. Primeiramente muito obrigado pela gentileza em ter aceitado o meu convite. Gostaria de começar te perguntando sobre a sua voz, que tem um timbre marcante e uma boa técnica. Você estudou técnica vocal ou teve professor de canto? Ou simplesmente tem o que podemos chamar de "dom"?
Renato Costa: Olá, Renan! Primeiramente, digo que estou lisonjeado pelo convite à entrevista! É sempre muito bom poder falar um pouco sobre nosso trabalho e contar um pouco de nossa trajetória. Em nome da Still Living, agradeço pela oportunidade. Em relação à minha voz, eu te confesso que sempre tive uma certa insegurança em relação ao desempenho dela no Hard Rock/AOR. Como você bem sabe, esse é um estilo onde os tenores predominam e, como cresci ouvindo várias bandas de Hard e de Heavy, sempre me questionei sobre como eu - barítono - poderia me inserir em um estilo tão exigente. Tive aulas de técnica vocal por pouco tempo. Aqui no Nordeste, ainda temos pouca oferta de professores de técnica vocal voltada ao Rock. Porém, eu sempre busquei me aperfeiçoar e estudar, buscando a identidade da minha voz, além de seus pontos fortes e fracos. São descobertas diárias.
E que dica você daria para aspirantes a vocalistas de Hard Rock que estão começando agora?
Renato Costa: Minha dica para aqueles que aspiram ao Hard Rock ou ao Heavy Metal (ou a qualquer estilo musical) é que, primeiramente, descubram as peculiaridades e a dinâmica da própria voz. Todos nós começamos baseados em fortes influências, devido ao gosto pessoal e às associações afetivas de determinada música ou banda. Mas é essencial que, sem perder estes referenciais, se possa descobrir a própria voz. Daí em diante, é trabalhar incessantemente e dispensar bastante energia boa e dedicação.
E, voltando um pouco no tempo, como surgiu seu interesse por música, e como foi seu início em relação ao Rock?
Renato Costa: Meu interesse pela música surgiu através da minha irmã mais velha. Ela começou a cantar no colégio e a música começou a ser uma constante na vida dela (consequentemente, na minha também). Quando ela ganhou o primeiro violão, eu passei a vê-la aprendendo e me interessei também. Daí, cá estamos hoje (risos). Minha irmã sempre foi um referencial humano pra mim. E um dos principais motivos disso é a forma como ela sempre lidou com música (com o Rock, mais precisamente). Sem dúvidas, se não fosse a influência dela, eu não estaria trocando essa ideia contigo hoje.
Quais são as suas bandas preferidas e maiores influências no vocal?
Renato Costa: Boa pergunta, Renan! Eu realmente tenho algumas bandas "muito" preferidas. Gosto muito do Aerosmith! Desde muito cedo! Ouço muito o Deep Purple, o Led Zeppelin ...Pink Floyd?! Putz! Ouço bastante. No AOR, curto demais o Bon Jovi, o Journey, o Whitesnake!!! São grandes referências! E, no meio do Metal, tenho ouvido muito a primeira fase do Kamelot! Muito pela influência vocal do Roy Khan, que é um vocalista espetacular, minha humilde opinião.
O que você acha do cenário Hard Rock mundial atualmente?
Renato Costa: Posso te falar que, no âmbito nacional, temos uma safra riquíssima em Hard Rock/AOR. É um movimento interessante e, sem dúvida, de muita qualidade. Há inúmeras bandas de muita qualidade e de bela trajetória nesse momento no Brasil. No âmbito mundial, temos sempre os grandes nomes da Alemanha, do Reino Unido, da Suécia!!! Há uma boa renovação, sabe? Acho que é um momento "efervescente" do Hard/AOR, tanto no Brasil, quanto no resto do mundo. E isso é excelente!
E quais bandas brasileiras da atualidade de Hard Rock que você poderia citar que gosta e recomenda?
Renato Costa: Há bandas excelentes no estilo aqui no país! Posso citar o Marenna (que é um grande brother e uma grande referência). Além dele, cito a Adellaide, a Dune Hill (nossos vizinhos de Estado), a Dirty Glory, a Silent, o Púrpura Ink (banda do Maranhão), entre outros. Quando digo que temos um excelente momento desse estilo aqui no Brasil, eu falo muito sério! Todas são excelentes bandas!
Como surgiu o Still Living e como a banda está atualmente?
Renato Costa: A Still Living surgiu em 2004, cara!! Já tem um tempão, né? No início, a banda tocava covers do Kansas, Magnum, Europe ...mas o Eduardo Holanda (meu grande brother também e o fundador da banda) sempre teve a ideia de estabelecer a banda como autoral. Então, algumas EPs foram gravados. O "Still Living", de 2005 e o "Believe" de 2007. Daí, seguimos até o From Now On (2012), que é nosso primeiro álbum Full! Seguiram-se o Humanity (2015/2016) e agora o YmmiJ (2017/2018). São 14 anos de estrada da Still e, às vezes, eu penso que estamos apenas começando (risos).
Há novidades que os fãs podem esperar do seu trabalho, seja com o Still Living ou com outros projetos?
Renato Costa: Sim! Com certeza! Também faço parte do Revlin Project, que é uma banda peruana de AOR! Tem sido uma experiência magnífica e, em breve lançaremos um EP com a formação fixa da banda. Esse trabalho se chamará "Transcender". Já estou gravando algumas das faixas do EP. Quem sabe se, um dia, não conseguimos marcar algumas datas aqui no Brasil?! Quanto à Still Living, já iniciamos as composições do quarto álbum. Não há a menor intenção de parar. É nosso legado que estamos construindo, sabe? Quero, no futuro, poder sentar com os filhos e netos e contar toda essa história, cara! (risos). Além disso, eu também tenho algumas composições muito pessoais, sabe? Tenho pensando muito em gravar um pequeno EP, reunindo essas composições, que têm sempre uma temática e uma musicalidade em comum. Quem sabe, né?!
Em toda a sua carreira há alguma composição em especial que você tenha como preferida?
Renato Costa: Caramba! Essa foi a mais difícil até agora! Cara, eu me orgulho muito de todo o YmmiJ, sabe? É um álbum conceitual, que pôs à prova nossas capacidades de composição e abstração. O processo de composição do disco é algo que me orgulha muito sempre que relembro. Tem várias músicas que eu adoro ali. Mas, há sim, uma em especial ...uma música chamada Redemption (bonus track da versão europeia do YmmiJ). É uma música em homenagem ao meu pai, que perdi recentemente, e também uma ideia que tenho sobre o morrer de um músico e o legado que ele deixa.
Para encerrar, uma "brincadeira". Vou citar alguns vocalistas de Rock Clássico/Hard Rock/Heavy Metal e você diz brevemente o que acha de cada um:
Renato Costa: Ahh!! Essa brincadeira vai ser muito boa! Vamos lá!
- Miljenko Matijevic (Steelheart): incrível vocalista! Conheci por causa do filme Rock Star! Tessitura e extensão impressionantes!
- André Matos (Viper, Shaman, Angra): Ainda lembro da primeira vez que o ouvi! Fiquei impressionado com a extensão e a técnica dele! Sem dúvidas, ele sabe como sua voz funciona e faz um uso incrível dela! Um dos maiores do mundo no Metal Melódico.
- Robert Plant (Led Zeppelin): Nossa!!! Esse cara transcende quaisquer limites! Exótico, visceral, incrível vocalista! Um dos maiores da história, na minha humilde opinião!
- Joe Lynn Turner (Rainbow, Deep purple, Malmsteen): a primeira palavra que me vem à cabeça é "classe"! Em todos os trabalhos dele, você percebe que voz poderosa e classuda, tão bem colocada! É um ícone e um exemplo de como ser um excelente vocalista!
- Fred Mercury (Queen): o melhor de todos os tempos. Sem mais... (risos)
- Sebastian Bach (Skid Row): Visceral e agressivo! Dono de um timbre muito peculiar também. Seu vocal traz, de forma indissociável, a atitude do Hard!
Por fim, muito obrigado pela entrevista, Renato. Agora o espaço é seu para mandar um recado para quem está lendo neste momento.
Renato Costa: Eu gostaria de agradecer a você, Renan, pelo convite à entrevista! E agradeço aos leitores. Espero que possam conhecer minha trajetória na Still Living e no Revlin Project! Deixo os meus desejos de paz e discernimento a todos. Um abraço, galera!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps