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Metal Brazuca: Garotas declaram amor ao gênero

Por Ivison Poleto dos Santos
Fonte: Metal Addicts
Postado em 29 de março de 2019

Março é o mês das mulheres, o lado mais bonito da nossa moeda feia da humanidade. Embora muitos acreditem que muito já tenha sido conquistado ao longo dos anos, ainda há muito mais a ser feito. Nós da Whiplash estamos tentando ao máximo. Aqui temos uma entrevista com três garotas da emergente, e turbulenta, cena brasileira: Aline Happ do Lyria, Fe Schenker do Melyra e Mônica Possel do Hamen. Leia algumas passagens da entrevista - leia a entrevista completa em Metal Addicts.

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As garotas foram perguntadas sobre a situação atual delas no Metal:

Aline Happ – Eu não acho seja algo especifico de um estilo musical, ou algo exclusivamente masculino, mas de pessoas inseguras no geral. São pessoas que procuram atenção e agem como idiotas porque eles acham que é engraçado ou que serão notados de alguma forma. Eles acham serão rejeitados se forem educados ou se disserem algo legal, dessa forma preferem atacar primeiro. No geral, eles se escondem em uma multidão ou atrás de uma tela para se sentirem mais fortes. Essas pessoas pensam que eles têm de competir com alguém para se parecer "viril" por meio dos seus comentários. Eu não sei direito se tenho pena ou raiva dessas pessoas. Obviamente, ninguém precisa gostar de todas as bandas do mundo, nem de concordar com todos, porém devem respeito a todos. Na verdade, os fãs de Metal são muito respeitosos, porém, infelizmente, há algumas exceções especialmente na internet.

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Fe Schenker – Bom, eu acho que não é só no mundo do Metal, é no mundo inteiro! Nosso cultura é machista e o feminismo é um movimento muito recente nascido no século passado para lutar pelos direitos das mulheres. Mesmo assim, ainda há uma longa jornada quando falamos de direitos das mulheres. Infelizmente, eu ouso dizer que toda mulher já passou por algo assim na sua vida e nós não somos diferentes. Mas, felizmente, nossos fãs são muito respeitosos.

Mônica Possel – Eu acho que é mais difícil para as mulheres conseguirem entrar no mundo masculino do Metal porque antes de tudo elas têm de se identificar com esse mundo. Ou seja, não se encaixar nos esteriótipos tidos como femininos, por exemplo, a cor rosa, romanticismo e flores. O mundo do HM é muito distante disso. Principalmente porque a cor predominante é o preto e há muitos preconceitos no meio. Por exemplo, quando eu era adolescente se eu usasse uma camiseta de banda logo vinha um cara me perguntar qual era o álbum que eu gostava mais ou quem era o guitarrista da banda. Só para verificar se eu realmente gostava do estilo. Para ser aceita nesse meio, nesse grupo, eu tive de mostrar um real conhecimento do mundo do Metal para eles me incluírem no grupo. Quando você é uma mulher, não é suficiente somente gostar do estilo e ainda você tem de responder perguntas como: "Você gosta dessa banda por causa do seu namorado?" É meio bizarro na verdade.

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Sobre os padrões de beleza:

Aline Happ – Todos temos os nossos padrões, mas o que é mais importante é a beleza interior e, no nosso caso, muito talento. Também acho importante que o seu visual esteja de acordo com o seu estilo musical, pois isso ajuda as pessoas a relacionarem as coisas. É o que chama a atenção na primeira vista. Mas você pode usar o que gosta e te faz bem. Eu visto o que gosto e também faço a maioria dos acessórios que uso no palco.

Fe Schenker – Eu não acho que seja obrigatório, mas para mim é. A indústria, entretanto, realmente acredita que é. Novamente, não acho que seja somente no mundo do Metal, a indústria do entretenimento é cruel com as mulheres no geral. Nós realmente nos importamos com a nossa imagem e nos inspiramos em outras mulheres do meio para construir o nosso visual. Não é uma prioridade, pois para nós a música vem primeiro. Sobre as roupas, o que realmente queremos é algo confortável, que seja bonito e combine com o nosso estilo.

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Mônica Possel – Sim, uma mulher em uma banda de HM faz muita diferença. Não vou ser hipócrita para dizer que não. Muitas pessoas vão a shows da banda por causa das minhas fotos. Mas eu acho que isso acontece no mundo das mulheres também, que atrai as pessoas por causa da beleza. Acho que é algo comum. Mas se isso te afeta negativamente, como já aconteceu comigo, então não é legal. É sempre bom ter respeito acima de tudo

Porque as mulheres não são atraídas pelo Metal:

Aline Happ – Acho que é algo mais histórico e cultural e também porque muitos modelos femininos estão mais no pop, por exemplo, que no Metal. Então vira uma rua sem saída: precisamos de mais mulheres como fãs para depois se tornarem músicas, mas também precisamos de mais mulheres de sucesso para atrair mais fãs. Além disso, muitos que não conhecem o Metal ainda o consideram barulhento e agressivo, por isso o preconceito com o gênero. Por essa razão muitos associam esse comportamento mais agressivo uma coisa de homem.

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Fe Schenker – Eu acho que as mulheres são mais comparadas aos padrões "normais" que os homens. E os fãs de Metal não têm nada a ver com os padrões "normais"! Nós ouvimos a vida inteira sobre como devemos nos vestir, comportar, falar e sentir. A sociedade julga mais as mulheres que os homens. Além disso, o Metal não está tão disseminado na nossa cultura como na Europa, por exemplo. Portanto, fica fácil de entender se você juntar as coisas. Não é fácil quebrar todas essas regras e mergulhar em um mundo que perece ser tão masculino na aparência. Porém, quando nos permitimos explorá-lo, vemos que o Metal não tem gênero. É mais uma forma de expressar as emoções universais.

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Mônica Possel – Parece que o Metal é muito masculino à primeira vista, música alta, vocais guturais, meio que assusta as pessoas e não somente as mulheres, mas muitos homens também não gostam da agressividade de como o Metal soa. Mas eu acho que é só superficialmente. Uma vez que você o conheça melhor, as histórias dos músicos das bandas e as letras das músicas, você acaba por perceber que não só agressividade… hehehe. Eu comecei no Metal ouvindo Metal Sinfônico e Melódico porque eu gostava das músicas com mais melodia, assim procurava bandas com estas características vocais. Eu acho que isso atrai as mulheres ao estilo e a se juntar.

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Uma mensagem para as garotas que estão prestes a se juntar ao Metal:

Aline Happ – Lançamos recentemente o vídeo de "Let me be me", uma das faixas do nosso segundo álbum "Immersion". As letras podem ter várias interpretações diferentes que eu gostaria de conectá-las com o mundo das garotas. Não deixe as pessoas dizerem o que você deve fazer, não deixe que elas tentem mudar você. Seja você mesma e não desista de seus sonhos. Seja forte e capaz de fazer o que quiser. Então, acredite e trabalhe duro. Keep rocking! \m/

Fe Schenker – JUST DO IT!

Mônica Possel – Se você quer conhecer o mundo do Metal, procure bandas no Spotify. Hoje em dia a internet ajuda muito. Vá a shows das bandas locais, mesmo se você não conhece as pessoas, convide um amigo que goste de som e vá. Ver um show ao vivo é muito diferente que no vídeo. Mas uma coisa não invalida a outra. Você pode começar pelas bandas mais famosas que todos indicam: Iron Maiden e Metallica. Depois procure conhecer algo de Power Metal como o Stratovarius e Dragon Force, por exemplo. Depois, se você quiser, você pode ir para algo mais obscuro como Doom Metal. Mas isso não tem muita lógica, escute e veja se você se identifica e não tenha medo to ouvir essas músicas mesmo se você gosta de rosa, por exemplo… hahaha …;) A música existe para todos e esse tipo de preconceito é coisa do passado.

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Sobre Ivison Poleto dos Santos

Veterano das guerras metálicas. Pesquisador, escritor, resenhista, músico frustrado (por isso tudo o anterior). Ao contrário da opinião comum, acho que o melhor do Metal ainda está por vir e que existem grandes bandas novas por aí. Só procurar. No meu caso elas vêm até mim.
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