Dave Grohl: Como o ódio de fãs do Nirvana impulsionou crescimento do Foo Fighters
Por Igor Miranda
Fonte: Mojo / NME
Postado em 30 de março de 2020
Dave Grohl formou o Foo Fighters, em 1995, após o fim do Nirvana, banda em que tocava bateria. O grupo havia chegado ao fim após seu líder, Kurt Cobain, cometer suicídio em 1994.
A forma que Dave Grohl encontrou para lidar com a situação foi seguir na música. Ele gravou todos os instrumentos do primeiro disco do Foo Fighters e seguiu, a partir daí, como vocalista e guitarrista.
A história de superação de uma perda traumática poderia fazer com que muitos fãs de Nirvana curtissem o Foo Fighters, certo? Errado: muitos fãs da banda de Kurt Cobain fizeram comentários odiosos contra Dave Grohl ao longo dos anos.
Em entrevista à Mojo, Grohl revelou que não reagiu mal a esses comentários. Pelo contrário: usou as falas odiosas dos fãs de Nirvana como combustível para fazer o Foo Fighters se tornar a banda gigante que é hoje.
"Eles falavam: 'como ousa montar uma banda de novo?'. Diziam que a música era um lixo e que o Nirvana era uma banda de verdade, não o Foo Fighters", contou, inicialmente.
"E eu reagia: 'você realmente pensa que isso vai me parar?'. Isso só me deixava com ainda mais vontade de fazer aquilo, sabe? Você pode continuar fazendo isso, mas eu não dou a mínima", completou.
Apesar da reação contra os haters, Dave Grohl admite que o Foo Fighters não seria o que é, hoje, sem o Nirvana. "Nunca tive medo de falra que se não fosse pelo Nirvana, o Foo Fighters não estaria nessa mesma posição hoje. Tivemos uma vantagem logo de cara, pois havia interesse na banda por causa disso. É óbvio", afirmou.
Novo álbum do Foo Fighters
O Foo Fighters está prestes a anunciar o lançamento de um novo álbum de estúdio. O sucessor de "Concrete & Gold" (2017) ainda não tem data prevista para divulgação. O Foo Fighters daria início a uma turnê chamada "The Van Tour", que aconteceria junto da divulgação de um documentário de Grohl sobre bandas que fizeram turnês em vans nos primórdios, mas a tour foi adiada em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Nesta mesma entrevista à Mojo, Dave Grohl revelou que as gravações do novo disco do Foo Fighters tiveram interferência de fantasmas. Segundo Grohl, "forças sobrenaturais" desafinaram instrumentos, apagaram gravações e desregularam equipamentos, entre outras ações.
"Quando entramos na casa onde gravamos (em Encino), sabia que as vibrações estavam baixas, mas o som estava f*da. Começamos a trabalhar e não demorou até que coisas estranhas aconteceram. No dia seguinte, todas as guitarras estavam desafinadas. A configuração da mesa de som estava toda desregulada. Algumas gravações estavam faltando e outras que não havíamos feito estavam lá. Eram apenas ruídos estranhos de microfone aberto. Ninguém tocando instrumento, apenas um microfone aberto gravando a sala", afirmou.
A banda instalou câmeras para descobrir o que estava acontecendo. "Começamos a ver coisas na câmera que não podemos explicar. Então, descobrimos a história da casa e eu tive que assinar um acordo de confidencialidade com o proprietário, pois ele está tentando vender o lugar. Então, não posso contar, mas essas situações fizeram com que a gente concluísse o álbum rapidamente", disse.
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