Uriah Heep: Ainda subestimada pelo show business e mídias, banda completa 50 anos
Por Carlos Eduardo Guariente
Fonte: Combat Rock UOL
Postado em 05 de abril de 2020
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Uma banda que foi sempre acusada pela crítica de ter entrado no show business sob a sombra comercial de bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple. Como bem citado por Mick Box em entrevista dada no Brasil em 1990, quando da turnê do Uriah Heep e dos escoceses do Nazareth no Brasil disse ele: "Todas as comparações com Led Zeppelin e Deep Purple são injustas", afirmou ele com um sorriso no rosto. "São gigantes do rock e mereceram o status que conseguiram. Mas o Uriah Heep sempre foi meio 'outsider', com um som que não se encaixava muito bem naquilo que se chamou de rock dos anos 70. Tenho orgulho de minha trajetória e da banda e por isso que estamos aqui hoje, no Brasil. "
Imaginando a infinidade de bandas britânicas que existiam em fins dos anos 60, fica até difícil criar este argumento. Por exemplo, não poderíamos dizer que o Gentle Giant ou o Van Der Graaf Generator vieram na sombra de bandas como King Crimson, Yes e Genesis. Seria até uma injustiça dado as diferenças sonoras e experiência musical destas bandas.
Sob a alcunha de "Uriah Heep" exatamente no ano de 1970 duas bandas inglesas a The Gods que depois se tornou Toe Fat (cujos membros eram Ken Hensley e Lee Kerslake) e Stalkers e depois Spice (cujos membros eram David Byron e Mick Box) se uniram (Ken Hensley que foi indicado por Paul Newton, o baixista à época) para uma experiência em estúdio que resultou no título que eles receberiam décadas após, como os avós "Metal Melódico", influenciando bandas como Helloween, Angra, Gamma Ray, Blind Guardian, Stratovarius, Evanescence e as clássicas como o Iron Maiden.
Mesmo sendo o Uriah Heep, uma das primeiras bandas na história da música a aderir a World Wide Web para contato com fãs de todos o mundo, ainda o que temos nas mídias de material atualizado em antologias, documentários são parcas em comparação a bandas como Genesis, King Crimson, Black Sabbath entre outras.
Numa época em que vemos vemos até bandas underground desconhecidas de diversos estilos de rock terem documentários atualizados e disponíveis nas plataformas digitais, só nos resta velhos vídeos com a antiga formação em Tvs americanas ou alemãs de época. Para ser mais claro, se você digitar o nome Uriah Heep no Youtube por exemplo, vai verificar que tudo o que há disponível de documentários da banda ou se situam na época do desligamento do Uriah Heep da Bronze Records 1985, como uma entrevista do Ken Hensley ou alguma raridade como o show de 1975 no Festival Pink Pop da Holanda com John Wetton no baixo.
Não existe até hoje uma declaração de Nigel Olsson, o primeiro baterista que gravou com o Uriah Heep e hoje é mais que reconhecido side man na bateria do Elton John. Ou um documentário com ex músicos como Chris Slade (Ac/dc e Manfred Mann), John Sloman e mesmo Ian Clack ou Paul Newton. Nada se conta sobre os primórdios do Uriah Heep como das bandas que originaram o Uriah Heep como entrevistas locais ou seja, não temos uma produção que os fãs adorariam ter de lembrança em casa.
O que realmente está faltando é algum simpatizante famoso do Uriah Heep dar o ponta pé inicial em uma antologia do Uriah Heep e começar pela primeira história, pelo primeiro entrevistado. Tenho certeza que venderia horrores em material físico ou digital. Claro que todos os ex membros, teriam que concordar antes com um projeto deste porte.
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