Scorpions: Histórias desconhecidas e bastidores da banda em livro lançado por fã
Por Lucas Muzio Vieira Cunha
Postado em 31 de janeiro de 2021
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Todos os leitores devem conhecer essa famosa banda alemã que começou sua história nos anos 60, a banda é conhecida por um lado mais jovem na época áurea do rock, com capas polêmicas em álbuns como o Virgin Killer. Nos últimos anos a banda se destacou pelo profissionalismo e pela longevidade mantendo a alta qualidade.
David, que ao lado de Roberta e Patrícia, está à frente do Scorpions Brazil (maior fã site da América Latina) traz o lançamento no dia 30/01 de um livro de sua autoria com algumas histórias inéditas dessas décadas de rock, suor e amizades, incluindo histórias com ex-membros, como Uli Jon Roth, Michael Schenker e Rudy Lenners.
O Scorpions Brazil sempre teve uma boa relação e abertura junto à banda, inclusive o livro foi citado por Klaus Meine em entrevista para a revista Rolling Stones e tem o crivo da banda e dos ex-membros, a publicação empolga por prometer histórias inéditas.
O que podemos esperar do "Outro Lado do Show"?
DA: O livro é feito com a visão de um fã e traz diversas histórias que cruzam a minha trajetória e a de outros fãs também, acho que muita gente vai se identificar com as histórias e muitos amigos e fãs da banda aparecem nessas histórias. Também conta com muitas curiosidades sobre a banda que eu ouvi em turnês, viagens e encontros com Rudolf, Klaus, Uli, Dieter, Matthias, Michael, James, Mikkey e Rudy.
Segue trechos da entrevista com o autor do livro, David Araújo.
Como foi que surgiu a ideia e quais foram os maiores desafios em fazer este livro?
DA: Eu fiquei lembrando de toda minha trajetória enquanto fã, vim de uma pequena cidade do interior da Bahia e tive os primeiros contatos com a banda a partir da minha família e da influência do rock em outros gêneros musicais. Na época era difícil conhecer mais sobre a banda, o máximo que eu tinha era um CD que ouvia no carro com meu pai quando íamos e voltávamos da cidade. até que pra fazer o ensino médio, eu me mudei para a casa da minha tia na capital e lá, com acesso à internet eu pude procurar mais sobre a banda. Depois tive a oportunidade de ir ao meu primeiro show e aos poucos as histórias foram acontecendo, aí o livro trará essa trajetória, inclusive respeitando uma cronologia.
Quando você passou a fazer parte do Scorpions Brazil?
DA: Ótima pergunta, eu sempre quis fazer mais pela banda, sempre tive vontade de ajudar a divulgar e a organizar as coisas, mas era um pouco difícil ter contato com o pessoal do fã clube no começo, então criei uma página, a Scorpions News, para poder fazer aquilo que eu curto, mas por força do universo, sorte, esforço ou um pouco de tudo, eu consegui me aproximar da banda por outros caminhos, a primeira vez no backstage foi no Rockfest em Barcelona, consegui o acesso com a ajuda de uma amiga, mas ali eu bati na trave, não deu pra ter contato com a banda. Passou o tempo e tive outra oportunidade (que também está no livro) e acho que tudo começou a caminhar no sentido certo quando eu pude entregar um pôster que eu montei, depois de 2 anos de pesquisa, com todas as formações da banda desde 1965, a Family Tree, pude entregar para cada integrante. Eu não esperava nada em troca, fiz por carinho à banda e recebi muito mais em troca, ali as oportunidades passaram a se abrir e depois de mais contatos e diálogos pela internet eu pude ingressar no Scorpions Brazil ao lado de Roberta Forster e Patricia Camara.
Parece ser maravilhoso ser presidente de um fã clube de um grupo incrível como o Scorpions, mas como conciliar essa missão com os compromissos pessoais?
DA: A resposta é a família, o incentivo que sempre tive dos meus pais me faz me sentir privilegiado, eles sempre me apoiaram, independente da dificuldade, para poder seguir isso que eu amo fazer. Sou muito grato à minha família, eles são a base de tudo e se eu consigo fazer o que faço, é graças a eles.
Você parece ser bem próximo de ex-membros da banda, como foi esse contato com eles?
DA: Eu tive os primeiros contatos com eles de maneiras muito distintas, um dos primeiros foi o Herman Rarebell, após alguns desencontros, ele me recebeu de uma maneira extraordinária, assim como Rudy Lenners e Dieter Dierks, que assina o prefácio do livro. Um momento muito bacana foi quando alguns ex-integrantes estavam fazendo uma turnê e vieram para o Brasil, foi a primeira vez que conheci Michael Schenker e Uli, foi um momento incrível, mais uma história que vai estar completa no livro.
Inclusive, hoje tenho uma relação muito próxima com o Uli, ele é um músico e uma pessoa maravilhosa, posso dizer que ele tem uma grande participação no Outro Lado do Show, pude acompanhá-lo em seus shows aqui no Brasil e tivemos muitas conversas sensacionais.
Tem algum ex-membro com o qual você nunca conseguiu estabelecer diálogo?
DA: O Scorpions tem muitos ex-membros, então sim, mas tem o Ralph, uma vez mandei um email para ele perguntando se eu podia mandar algumas perguntas, ele disse que sim, eu mandei as perguntas e até hoje a resposta está em aberto, mas em outra oportunidade ele me enviou fotos que nem apareceram no instagram dele e olha que ele é bem ativo lá.
Como é a sua relação com a banda?
DA: É muito boa, tive momentos muito próximos e conversas incríveis com Klaus, Rudolf e Matthias, enfim, com todos eles e recentemente fui citado pelo Klaus em uma entrevista dele para a Rolling Stone Brasil, tive todo o apoio da banda para publicar o livro, inclusive permitiram o uso da marca e deram o aval para tudo o que estiver lá.
Sempre que a banda vem ao Brasil os fãs ficam te pedindo muitas coisas, como é esse outro lado do show para o David.
DA: Olha, eu não vejo problema, às vezes outros fãs me pedem uma foto com a banda ou mesmo pra conhecer, mas sou sincero em dizer que não tenho esse poder, até pra mim o acesso não é toda hora. Eu sempre tento ajudar o máximo que eu posso, acho isso legal, quando dá certo eu fico feliz.
Por fim, gostaríamos de saber se você pode nos contar alguma história inédita?
DA: Tem algumas, conversando com Rudy Lenners, fiquei sabendo que sua saída da banda foi muito diferente do que publicaram. Já viu a história de que ele saiu da banda por problemas cardíacos ou de estômago? Isso foi uma invenção da gravadora, que não queria publicar a verdade. Ele era casado e simplesmente queria ter uma vida normal, passar a semana em casa e não viajando em turnês o tempo todo.
Tem mais alguma?
DA: Eu estava nos Dierks Studios, onde a banda gravou os álbuns de In Trance ao Savage Amusement, e vi uns CD’s, fiquei curioso pra saber o que eram, Dieter Dierks me deixou ouvi-los e ali tem algumas músicas que a banda nunca lançou, verdadeiras obras primas que facilmente poderiam ter virado um hit.
David, muito obrigado, estamos ansiosos para conhecer mais sobre os Scorpions e também ver pela primeira vez um livro que traz a visão de um fã.
Os interessados podem acessar este link para ter acesso ao material na íntegra.
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