Kerry King: por que ele deixou o Megadeth para se dedicar por completo ao Slayer
Por Igor Miranda
Postado em 22 de março de 2021
Nem todos sabem, mas Kerry King, lendário guitarrista do Slayer, teve uma breve passagem pelo Megadeth em 1984. Diz-se que ele ficaria apenas temporariamente, enquanto a banda procurava por um integrante definitivo, mas uma entrevista do baixista David Ellefson dá a entender que King poderia ter ficado no grupo.
Em bate-papo com o podcast de Jason Green, com transcrição via Ultimate Guitar, Ellefson detalhou todo o processo inicial de formação do Megadeth. O grupo foi criado após seu líder, o vocalista e guitarrista Dave Mustaine, ser demitido do Metallica.
A primeiríssima formação do Megadeth, datada de junho de 1983, não envolvia David Ellefson. Eram Dave Mustaine e Greg Handevidt nas guitarras, Lawrence Kane no vocal, Matt Kisselstein no baixo e Dijon Carruthers na bateria. Durou apenas um mês.
Em seguida, quando todos exceto Dave Mustaine saíram do Megadeth, David Ellefson se envolveu com o projeto. "Começamos a fazer audições e trouxemos um baterista chamado Lee Rausch, além de Kerry King. No fim de 1983, Kerry King começou a ser nosso segundo guitarrista", relembrou Ellefson, inicialmente.
O baixista destacou que King já fazia parte do Slayer naqueles tempos, enquanto o Megadeth buscava por um vocalista - função que passaria a ser assumida por Dave Mustaine.
"Ainda estávamos tentando achar um vocalista. Estávamos na virada de 1983 para 1984 quando outro cantor que testamos acabou saindo. Dave, então, pegou a letra, fixou no pedestal, e começou a cantar enquanto a gente tocava. Não sei se era 'Chosen Ones' ou 'Looking Down the Cross', não era uma música fácil, mas ele conseguiu. Falei que havia ficado incrível e ele não acreditou", relembrou.
As lembranças de David Ellefson indicam que Dave Mustaine estava "todo vermelho" após a música, pois ainda não tinha técnica de respiração de cantor. "Ele também estava cantando e tocando aquelas partes complexas. Aquilo me pegou. Falei que ele era o autor das letras, então ninguém mais conseguiria entrar tão bem no personagem", afirmou.
Primeiros shows e saída de Kerry King
O primeiro show do Megadeth acabou rolando no início de 1984, ainda com Kerry King na guitarra e Lee Rausch na bateria. Rolaram outras apresentações entre fevereiro e abril daquele ano. Porém, tanto King quanto Rausch decidiram sair da banda.
A justificativa, segundo Ellefson, era que o guitarrista queria se dedicar mais ao Slayer. Ele enxergava público para sua banda original.
"Kerry King decidiu voltar ao Slayer em tempo integral, porque ele via que existia público para aquilo, e a Bay Area era o Santo Graal. Kerry enxergou aquilo, tipo: 'agora eu vejo a visão do Slayer'. Lee Rausch literalmente disse: 'cara, preciso tomar ácido, ir para as montanhas e me encontrar'. Dave e eu falamos, 'tudo bem, faça isso'", disse.
Megadeth reformado
De volta à estaca zero, Ellefson e Mustaine conheceram o dono de um estúdio que não só deu emprego para o baixista, como também permitiu que os dois ensaiassem e até morassem no local. Na época, um empresário de bandas chamado Jay Jones indicou dois músicos para o Megadeth: o baterista Gar Samuelson e o guitarrista Chris Poland.
Foi quando a banda começou a dar certo, já que aquela formação gravaria os dois primeiros álbuns: "Killing Is My Business... and Business Is Good!" (1985) e "Peace Sells... but Who's Buying?" (1986).
"Eles tocavam em uma banda de progressivo / fusion, tipo Return to Forever e Mahavishnu Orchestra, mas não deu certo, não conseguiram assinar com gravadora, eram os tempos de Mötley Crüe e Ratt. [...] No primeiro ensaio com Gar, foi interessante ver como Dave reagiu. Eu toquei em uma banda de jazz na juventude, então eu conhecia as referências de Gar. [...] Ele também era mais velho, tinha mais experiência", relembrou.
A entrevista completa pode ser conferida a seguir, em inglês e sem legendas.
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