Massacration: quando Kiko Loureiro criticou a banda - e supostamente arregou para eles
Por Igor Miranda
Fonte: Inteligência Ltda
Postado em 09 de março de 2021
Embora tenha surgido como uma paródia no programa "Hermes e Renato", o Massacration se tornou um projeto sério, transformando-se, de fato, em uma banda. Eles já lançaram dois álbuns de estúdio e um ao vivo, além de singles recentes, e fizeram diversos shows pelo Brasil afora.
Massacration - Mais Novidades
Nem sempre, porém, o Massacration foi visto como uma banda de verdade. Em entrevista ao podcast "Inteligência Ltda", os comediantes Marco Alves (que assume o personagem do guitarrista Metal Avenger) e Felipe Torres se relembraram das críticas que o grupo sofreu e citaram um episódio envolvendo o guitarrista Kiko Loureiro (Megadeth, ex-Angra).
Inicialmente, Marco Alves destacou: "Tem coisas que a gente odeia e quer zoar, mas tem coisas que a gente satiriza porque ama. O Massacration é um exemplo: a gente satiriza porque a gente gosta".
Felipe Torres, então, citou uma ocasião em que Kiko Loureiro debochou do Massacration. Em 2006, o guitarrista anunciou a vitória da banda no Prêmio Dynamite de Música Independente, na categoria "Melhor álbum de heavy metal", da seguinte forma: "É isso aí, tanta banda boa aí, mas quem ganhou foi o Massacration".
Na época, houve quem pensasse que tudo aquilo seria só uma brincadeira combinada com o próprio Kiko, que parece fingir surpresa quando os músicos do Massacration chegam ao palco e os cumprimenta, supostamente "arregando" para os humoristas. Porém, as declarações de Torres dão a entender que a situação não foi armada.
"Acho que o Kiko nem pensa mais assim hoje em dia, quando ele teve aquela atitude da entrega do prêmio Dynamite. Logo quando lançou o Massacration, havia um discurso de uma galera do metal de que estávamos tirando espaço de bandas que se levavam a sério", comentou Felipe, inicialmente.
Ele completa: "Nem considero isso como um argumento. Ele mesmo não deve levar isso como argumento hoje em dia, porque ele é um cara inteligente. Não vai colocar para frente uma opinião dessas, pois o Marco é músico, o Fausto (Fanti) era músico, o Bruno (Sutter) é cantor, o Fernando (Lima) é um baita baterista".
Marco, o Metal Avenger, destacou que esse tipo de rejeição por parte de certas pessoas ocorria, justamente, devido ao sucesso do Massacration. "Isso acontecia porque éramos chamados para fechar os festivais de rock e metal", declarou.
Felipe, então, comentou: "O Kiko é uma referência, respeitamos muito. Ele não deve pensar do mesmo jeito porque, de certa forma, isso desmerece o Massacration e o humor como método de se fazer música. É uma forma de se interpretar um gênero que todos adoramos desde moleque. Não podemos homenagear o heavy metal com uma brincadeira?".
O famoso intérprete do personagem Boça pontuou que o Massacration "ficou sério e foi para o mundo real", o que, segundo ele, "não é proibido". "Foi o que aconteceu e até ganhamos prêmio. Nessa premiação, ele fez um comentário, saímos de trás do palco e o Massacration com todos vestidos dava uma intimidada. Ele tomou um susto na hora", afirmou.
Zoações
Como era de se esperar, rolaram algumas brincadeiras com Kiko Loureiro enquanto a situação era comentada. Em dado momento, Marco Alves disse que chegou a fazer algumas aulas gratuitas do curso online do guitarrista - e confessou ter feito uma pequena "trollagem" durante um chat destinado a pessoas que tinham interesse em se matricular.
"Ele tem aulas online e tem uma espécie de teaser, onde você se inscreve e assiste a algumas aulas de graça, dando sequência depois caso você se matricule. São aulas ótimas, mas eu não resisti. Tinha um chat ao vivo onde ele mostrava os modos gregos, alguns licks de guitarra. Eu não aguentei e, com mais de mil pessoas no chat, mandei: 'tem uma música do Zeca Pagodinho com esse mesmo lick de guitarra'. Ele leu exatamente o meu comentário, todo sério: 'olha que interessante, fico feliz'. Depois ele ficou pensando, não sei se ele pensou que era zoeira", relembrou o Metal Avenger.
Após ter comentado a situação no Prêmio Dynamite de forma séria, Felipe Torres brincou: "Se você (Kiko) quiser, a gente até te deixa tocar em uma música do Massacration. Falamos com os caras do Massacration para você tocar em uma música do próximo álbum".
E Marco aproveitou a ocasião para fazer um pedido: "Quando o Megadeth vier, arruma um ingresso pra gente, cara".
O trecho da entrevista em que Felipe Torres e Marco Alves falam sobre Kiko Loureiro pode ser assistido, na íntegra, a seguir.
O bate-papo completo está disponível abaixo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
Os três clássicos do Iron Maiden que foram "copiados" do Michael Schenker Group
Os três melhores guitarristas base de todos os tempos, segundo Dave Mustaine
Como James Hetfield, do Metallica, ajudou a mudar a história do Faith No More
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
A melhor banda de metal de todos os tempos, segundo Scott Ian do Anthrax
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
A única música do "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não usa sintetizadores
Os dois solos que, para Ritchie Blackmore, inauguraram a "guitarra elétrica inglesa"
West Ham une forças ao Iron Maiden e lança camiseta comemorativa
Slash dá a sua versão para o que causou o "racha" entre ele e Axl Rose nos anos noventa
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
Os 10 melhores álbuns do DSBM em uma lista para checar sua saúde mental
A maior lenda do rock de todos os tempos, segundo Geezer Butler do Black Sabbath


Vídeo mostra Andre Matos na MTV falando da importância do Massacration


