Imelda May: sucesso após ouvir que "uma quarentona está perdendo tempo fazendo música"

Imelda May é uma cantora, compositora e multiinstrumentista irlandesa, conhecida pelo seu revival do rockabilly. Em seu sexto álbum, "'11 Past The Hour", lançado em abril, ela encontrou um caminho diferente das suas raízes do jazz e rockabilly.

Em uma entrevista à Classic Rock ela contou sobre os desafios que passou e como ocorreu a participação de Noel Gallagher (Oasis) em seu disco.

Classic Rock: "Qual é a história por trás do '11 Past The Hour'?"

Imelda May: "Comecei a escrever este álbum antes do lockdown, e, como todo mundo, passei por um leque de emoções durante aquele tempo. Eu queria mostrar isso e, após o lockdown os significados das músicas mudaram - eles significaram ainda mais. O álbum inteiro foi sobre descobrir coisas diferentes e sobre o amor em muitas formas diferentes."

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Classic Rock: "Como você reuniu o grupo de pessoas que contribuíram para a produção do disco?"

Imelda May: "Tenho a sorte de conhecer algumas pessoas incríveis. Então eu escrevi com Tim (Bran, do Dreadzone) e Davide (Rossi, do Goldfrapp), já que queria me concentrar nas letras e melodia, e desejava que qualquer pessoa com quem eu estivesse escrevendo me levasse para outro lugar musicalmente. Andrew Innes do Primal Scream está lá, já que eles estavam no estúdio ao mesmo tempo. Há também o Niall McNamee, um compositor incrível, com quem estou namorando agora, e com quem trabalhei em 'Don't Let Me Stand On My Own'. A mensagem significa muito para mim. É tudo uma questão de estar lá para alguém e ter essa pessoa lá pra você. Ronnie (Wood) me apresentou ao Noel Gallagher. Eu estava nervosa em pedir a ele para fazer um dueto em 'Just One Kiss', mas sabia que ele iria detonar."

Classic Rock: "Em uma reunião de uma empresa foi dito a você que, sendo uma mulher com mais de quarenta anos, você estava perdendo seu tempo fazendo música. Você acabou de lançar um álbum no Top 10 do Reino Unido e é a primeira artista solo feminina a conseguir quatro álbuns em primeiro lugar na Irlanda. O que pensas a respeito?

Imelda May: "Quando atingiu o número um na Irlanda e o seis no Reino Unido foi o meu momento "enfiem no...". Eu me senti incrivelmente fabulosa. Eles estavam falando bobagem. Essas idéias precisam ser encaradas, e o sexismo precisa ser desafiado. Se estou ouvindo música, não quero saber a idade da pessoa, apenas se me comove ou não. As pessoas que me disseram isso falaram: 'Não concordamos com isso, mas realmente lamentamos, é assim que as coisas são.' Eu perguntei: 'É igual para os homens?' e eles falaram: 'Infelizmente não.' Então eu disse: 'Você pode beijar meuincrível traseiro feminino', e saí. Eu pensei: 'Vou fazer um ótimo álbum e continuar a fazer mais deles'.

Assista no player abaixo o vídeo gravado para "Made To Love It".