Dani Filth: Faust contou que havia matado alguém, mas ele duvidou; "me senti cúmplice"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 21 de outubro de 2021
A Noruega é um país com muita tradição no black metal. O país foi berço de bandas muito importantes do estilo, como Mayhem, Darkthrone, Emperor e Dimmu Borgir. Porém, o black metal norueguês ficou conhecido mundialmente não apenas pelo lado musical, mas também, por alguns crimes envolvendo integrantes de bandas.
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O crime mais lembrado é o assassinato de Euronymous, guitarrista do Mayhem. O músico morreu esfaqueado por um ex-companheiro de banda, que você sabe bem o nome. Pois bem, mas este não foi a única covardia brutal cometida por um músico do black metal.
Bard "Faust" Eithun, que foi baterista da banda Emperor, assassinou Magne Andreassen com 37 facadas em agosto de 1992. O crime aconteceu no Parque Olímpico de Lillehammer, na Noruega, local conhecido como ponto de encontro de gays. O criminoso foi preso em 1994 e liberado em 2003.
A prisão de Faust poderia ter sido decretada antes, se Dani Filth contasse o que sabia. O vocalista do Cradle Of Filth falou sobre o caso em recente entrevista conduzida por Rich Hobson e publicada no site da revista Metal Hammer.
"Tocamos no Royal Court em Liverpool e depois fizemos uma grande festa. Faust veio chapado até mim e me contou sobre o assassinato de um cara gay. Eu rejeitei isso como um monte de merda, mas quando tudo [sobre o assassinato] saiu, eu me senti como um cúmplice de assassinato depois do fato. Mas se alguém tivesse visto o Emperor naquela época, nunca os teria levado a sério (...) Todo mundo estava drogado ou bebendo" disse o músico inglês.
Na mesma entrevista, Dani Filth contou que toda a polêmica envolvendo o black metal na Noruega quase criou problemas para a sua banda. "Eu tive que ir para a sede da divisão de crime em Regent Street [Londres] e eles puxaram um enorme dossiê, bateram na mesa e dentro havia um monte de fanzines de black metal. Eles nos perguntaram: ‘Vocês são uma banda satânica? Vocês estão prestes a começar uma guerra satânica como as bandas na Europa?’. Eles tinham dossiês de outras bandas, então dissemos a eles que era um ato estúpido de rebelião e eles nos deixaram ir".
Dani Filth também contou que ele e seus parceiros chocaram alguns indivíduos que moravam perto de um templo religioso. "Certa vez, fomos a uma igreja muito famosa, que dica em uma colina e aparentemente foi queimada pelos satanistas nos anos 70. Subimos com tochas e tínhamos uma mulher nua no altar com sangue por toda parte, e os moradores vieram até nós como se estivessem literalmente ali para queimar bruxas".
A entrevista completa foi publicada na edição corrente (#354) da revista Metal Hammer.
O novo álbum do Cradle Of Filth, intitulado "Existence Is Futile", será lançado no dia 22 de outubro. Confira mais detalhes sobre a obra na matéria a seguir.
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