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Por Bruce William
Postado em 11 de outubro de 2021
Tom Morello (Rage Against The Machine, Prophets of Rage, Audioslave) é considerado um dos guitarristas que mais inovações e técnicas surpreendentes trouxe ao instrumento. Filho de Mary Morello, historiadora e professora universitária, e de Ngethe Njoroge, ex-membro de guerrilha no Quênia e que acabou se tornando o primeiro embaixador do Quênia na ONU, Tom sempre se identificou como negro, e ele revelou que, no início de sua carreira, sentia na pele a questão do preconceito racial por ser associado à Jimi Hendrix.
"Há uma grande parte do público que fica chocada e chateado quando me ouve falar sobre autoidentificação como negro. Eles estão a um passo de se sentirem ofendidos, mas sou queniano, cara. Sou um verdadeiro africano negro. Nem sempre é um preconceito malicioso, mas existe aquele preconceito arraigado no DNA do rock, apesar de ter sido inventado por negros", disse em conversa com a NME.
"Não sei se as coisas melhoraram nos últimos anos, mas antes havia esta barreira de proteção. Eu costumava rejeitar publicamente Jimi Hendrix porque em cada show que toquei quando jovem apareceu alguém na platéia gritando 'Toque 'Foxy Lady!'' ou 'Toque com os dentes'. Era o que se esperava de um guitarrista negro. Eu me distanciei daquilo para conseguir ser guitarrista que sou hoje. Felizmente, não acontecem mais essas coisas comigo", finaliza.
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