Marcelo Barbosa recusou convite para tocar com Rick & Renner e explica motivo
Por Gustavo Maiato
Postado em 12 de janeiro de 2022
No começo de sua carreira, o guitarrista Marcelo Barbosa, do Angra, realizou alguns shows dentro do universo da música sertaneja com objetivo de fazer dinheiro e conseguir viver do sonho da música.
Em certa ocasião, Barbosa foi convidado para tocar na dupla Rick & Renner, uma das mais importantes do Brasil na ocasião, mas acabou recusando a proposta, mesmo com a grande oferta que vinha acompanhada do emprego. Em entrevista ao Ibagenscast, Marcelo Barbosa relembrou a ocasião e refletiu sobre a necessidade de se fazer escolhas e trilhar o caminho que tenha a ver com seus sonhos.
"Em 1997, eu tinha 22 anos de idade. Foi por aí que gravei o primeiro disco do Khallice. Eu era muito novo e precisava de grana. Minha família não tinha dinheiro. Eu dava aula de guitarra, tocava na minha banda e era sideman, tipo músico freelancer. Naquela época, tinha muito cantor sertanejo em Brasília. Eu conhecia um cara que montou uma banda completa que acompanha não um, mas qualquer cantor sertanejo que fosse fazer um show. Eles davam o repertório, nós tirávamos e fazíamos o show. A gente ganhava uma puta grana. Imagina um menino de 22 anos de idade ganhando uns R$ 500 por show e fazíamos 3 shows por semana no mínimo. Eram uns R$ 6 mil por mês. Tinham épocas, em campanha política, que era show todo dia".
Esse cara que me indicou para eu entrar nessa banda saiu para tocar com o João Paulo & Daniel. Eu entrei e na minha cabeça eu pensei: ‘aqui pode ser uma vitrine para o sertanejo’. Eu nunca curti sertanejo, não era meu estilo, mas eu estava buscando um jeito de viver de música. Como eu vou fazer? Só dar aula? Não sabia se o Khallice ia dar certo. O Angra nem era o Angra de hoje. Eu estava buscando meu caminho. Não sabia qual seria. Aí eu fiquei um ano nesse esquema. Estava chegando dezembro e não veio nenhum convite forte. Eu sabia que tocava bem e resolvi esperar até o final do ano.
Como não rolou, avisei ao maestro da banda que eu ia sair. Ele tentou me manter, disse que aumentava a grana. Eu falei que não era grana o problema. Então, saí em dezembro e em janeiro o Rick & Renner, que estavam muito estourados, precisava de um guitarrista para fevereiro. Eu fui indicado, os ensaios seriam em Goiânia. Eu já havia programado minha mente para outra coisa, não era aquilo que eu queria. Eu pedi um tempo para pensar. Seria uma turnê de 25 shows em um mês, seria um dinheirão! Eu liguei para um amigo meu que é tecladista chamado Leo Brandão. Pedi conselhos, eu tinha medo de recusar e aquela ser a grande oportunidade da minha vida. Ninguém ia me indicar mais. Esse meu amigo perguntou se essa grana que entraria iria mudar minha vida. Vai valer a pena mudar para Goiânia?
Eu fiz os cálculos, já tinha minha escola de música e tal. A grana do Rick & Renner não ia nem dobrar o que eu já ganhava e eu teria que parar de dar aula. Então, ficou claro que eu não deveria seguir esse caminho. Com muito medo, eu agradeci e tudo deu certo. Os caminhos se abriram para o lado que eu queria".
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