Resenha - Paint the Sky - LALU
Por Victor de Andrade Lopes
Postado em 04 de fevereiro de 2022
Nota: 8
Quase dez anos depois do empolgante Atomic Ark, o projeto de metal progressivo LALU, do tecladista francês Vivien Lalu, retorna para seu terceiro disco, Paint the Sky.
Com uma formação nova, Viven agora conta com Jelly Caldarelli na bateria, Joop Wolters (que tocou com ele na estreia do grupo) nas guitarras e baixo e o infalível Damian Wilson nos vocais, além de uma penca de convidados ilustres, uns novos, outros já figurinhas carimbadas: Steve Walsh, Jens Johansson, Marco Sfogli, Jordan Rudess, entre outros.
Na linha do lançamento anterior, o álbum investe em músicas curtas e não tenta surrar nossos ouvidos com riffs agressivos ou solos fritados. Na verdade, a abertura "Reset to Preset" já dá o tom relativamente leve do disco, o que pode atrair os fãs de rock progressivo cujos ouvidos são delicados demais para, digamos, um Haken.
Outras já vão por um caminho quase art rock semelhante ao Transatlantic, The Flower Kings e The Sea Within. É o caso da sonolenta "Emotionalised"; da surpreendente "Standing in the Gates of Hell" (com incursões no jazz e um final apoteótico); e da faixa-título, lançada como single e que aparece aqui duas vezes: uma versão com Steve Walsh, Jens Johansson e Gary Wehrkamp; e outra, instrumental, com Simon Phillips, Alex Argento e Tony Franklin.
Algumas mergulham tanto na leveza que viram praticamente baladas, como "Witness to the World", "We Are Strong" e os interlúdios instrumentais "Sweet Asylum" (evocando os trabalhos de Steve Howe no Yes) e "All of the Lights", este último com uma proeminente performance de Vikram Shankar no piano.
Pra quem quer mesmo é bater cabeça, as pedidas são "Won't Rest Until the Heat of the Earth Burns the Soles of Our Feet Down to the Bone" (sim, esse é o nome da canção) e aquela que talvez seja o ápice de Paint the Sky: "The Chosen Ones", que alterna esses momentos de peso com os mais delicados.
A quase uma década que separa os dois últimos lançamentos do LALU não implicou em uma mudança radical na sua música ou algo do tipo, mas serviu para polir, maturar e marinar seu sofisticado som, resultando num destaque do progressivo de 2022.
Abaixo, o clipe de "The Chosen Ones".
FONTE: Sinfonia de Ideias
https://sinfoniadeideias.wordpress.com/2022/02/02/resenha-paint-the-sky-lalu/
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