O lugar onde Janis Joplin achou "uma coisa horrível" tocar; "Ninguém agita lá!"
Por André Garcia
Postado em 12 de março de 2022
No panteão do rock há poucos intérpretes cuja capacidade de envolver emocionalmente e incendiar o público se compare a de Janis Joplin. Ela própria descrevia o que fazia no palco não como a apresentação de um número para a plateia, mas como fazer amor com ela — cada uma das dezenas de milhares de pessoas.
Por isso, a impulsiva cantora, habituada aos festivais mais quentes dos Estados Unidos, ao tocar na Europa sentiu um choque térmico com a audiência de lá, mais fria e racional. Conforme relembrado em publicação do site faroutmagazine.co.uk, em entrevista a Dick Cavett, em 1969, Janis Joplin deu sua opinião sincera sobre o público europeu.
"Eu fui para a Europa e toquei lá por cerca de um mês. Matei eles de susto, eu acho." Definindo a experiência como "uma coisa horrível", ela explicou que "ninguém se solta, ninguém agita lá. Eles são tão intelectuais... Eles sentam e ficam analisando o sentido do seu trabalho em vez de curtir. Eles não deixam rolar."
Janis Joplin era uma pessoa inquieta e à frente de seu tempo, sempre esperando os demais acompanharem seu ritmo. Prova disso é que, em menos de 10 anos, o punk surgiu e terminou o que ela iniciou ao finalmente incendiar a sonolenta a Europa.
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