Accept: metal em alto nível com "The Rise of Chaos" (vídeo).
Por Tchelo Emerson
Postado em 24 de abril de 2022
O canal Metal Musikast está publicando uma série especial com resenhas em vídeo de todos os álbuns da banda Accept. Semelhante ao que é feito com músicas e letras do Iron Maiden no especial "Explicando Iron Maiden - Senjutsu", a série traz comentários, curiosidades e análises de cada álbum da grande banda alemã.
O vídeo inédito fala sobre o álbum "The Rise of Chaos", lançado em 4 de agosto de 2017.
Você pode ver o vídeo completo no player a seguir.
A banda alemã manteve Andy Sneap no comando, o que garantiu a qualidade de produção e mixagem, especialmente em se tratando do som das guitarras, já que isso já se tornou uma especialidade do produtor inglês.
O álbum "The Rise of Chaos" já chama a atenção pela bela capa, de autoria de Gyula Havancsak, com predominância de tons azulados, retratando uma cena apocalíptica.
Importante ressaltar que o Accept sofreu alterações na sua formação após o lançamento do álbum anterior, "Blind Rage", com a saída do guitarrista Herman Frank, sendo substituído por Uwe Lulis (ex-Grave Digger), e a troca de bateristas, com Stefan Schartzmann cedendo o posto para o ótimo Christopher Willians.
O álbum começa com a música "Die by the Sword", que tem uma breve introdução no melhor estilo Black Sabbath, para depois descambar para um heavy metal tradicional característico do Accept, com letra de inspiração bíblica.
O "track list" segue com "Hole in the Head", que deixa aparecer uma certa sonoridade títpica de bandas norte-americanas, como Metallica, Anthrax e Megadeth (lembrando que Andy Sneap já havia produzido a banda de Dave Mustaine no álbum "United Abominations").
A faixa-título é uma verdadeiro "workshop" de riffs de guitarra, tudo muito bem encadeado pelo talento de Wolf Hoffmann.
"Koolaid" é um dos grandes destaques do álbum, com seu começo que lembra a dupla de guitarristas do Judas Priest clássico (Glenn Tipton e K.K. Downing) para depois se tornar uma música influenciada pela sonoridade do AC/DC, com refrão melódico e comercial. A letra conta a tragédia perpetrada pelo pastor pentecostal e ideólogo socialista Jim Jones, que levou quase mil pessoas a uma morte coletiva numa comunidade alternativa na Guiana.
"No Regrets" tem estrutura minimalista nas guitarras, o que confere muita energia e peso à música.
"Analog Man" é mais uma com influência de AC/DC e muita melodia no refrão.
"What´s done is done", "Worlds Colliding" e Carry the Weight" formam uma sequência matadora reunindo as melhores características do heavy metal tradicional: velocidade, peso, riffs nervosos de guitarra, coros de torcida de de futebol no refrão e muita pegada.
"Race to Extinction" encerra o álbum em grande estilo, com letra que traz uma mensagem de esperança em tempos de caos social.
A nota lamentável é que o baixista Peter Baltes deixaria a banda após as turnês de promoção do álbum. Baltes esteve no Accept desde a fase de formação da banda e sempre foi um dos principais parceiros de composição do guitarrista Wolf Hoffmannn.
Você pode ver o vídeo completo no player a seguir.
O vídeo é o décimo quinto da série chamada "ACCEPT - DISCOGRAFIA COMENTADA", que vai abordar curiosidades sobre todos os álbuns da banda que desbravou a cena musical dos anos 70 e 80 para inaugurar um circuito para o heavy metal na Alemanha.
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