O inacreditável motivo que fez David Coverdale demitir Ian Paice do Whitesnake
Por Bruce William
Postado em 10 de junho de 2022
Durante conversa com Manoel Santos, do podcast ibagenscast, o jornalista e crítico musical Regis Tadeu explicou a importância do que ele chama de "conceito estético" para uma banda.
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"Tão importante quanto fazer um som legal, você tem que ter um conceito estético. Não dá pra misturar um cara que tem pinta de alguém do Power Metal com alguém que parece ser da Contabilidade", diz Regis, explicando em seguida que é possível sim uma banda ter seus membros com "visual de Contabilidade", desde que todos tenham o mesmo visual.
"Um dos atrativos é justamente você fazer a conexão do com que você está ouvindo com o conceito estético, explica Regis, com ele e Manoel inserindo no raciocício bandas como Motorhead, Ghost, Kiss e Slipknot. "O visual do Motorhead tinha tudo a ver com o som, o visual dos Ramones tinha tudo a ver com o som, o visual do Iron Maiden tinha tudo a ver com o som. Então não basta você ter apenas o som legal, você tem que ter este conjunto, que é um som diferenciado com um conceito estético muito bem fechado".
Daí Regis conta: "Por quê o David Coverdale mandou todo mundo embora... isso eu ouvi da boca do Ian Paice: eu fiz uma entrevista com o Ian Paice, eu estava junto com o Paulo Zinner (baterista, Golpe de Estado) e eu perguntei por que o Whitesnake, quando foi pro mercado (norte) americano não levou vocês juntos (Regis Tadeu se refere a Bernie Marsden, Neil Murray e Ian Paice, respectivamente guitarrista, baixista e baterista da banda, demitidos em 1982). Ian Paice falou 'cara, nós fomos demitidos porque a gente era muito feio!'. Ele falou isso! A gente só tinha o John Sykes de cara bonito. E ainda chamaram o Cozy Powell que era um cara meio metido a galãzinho embora fosse meio (Regis faz sinal indicando que Cozy era baixinho), um anão quase, mas era metido a galãzinho! E aí quando foi pros Estados Unidos mandaram embora até o Cozy Powell!".
Regis comenta que em seguida chamaram o Tommy Aldridge "que é um dos caras mais feios do universo, mas era um cara que trazia respeitabilidade porque tinha tocado no Black Oak Arkansas e com o Pat Travers. E era um baterista fenomenal. Então, existe essa coisa estética. Ponto".
Esse trecho pode ser conferido no vídeo abaixo, a partir dos 20 minutos e 45 segundos.
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