Por que Adrian Smith e Richie Kotzen chamaram dois brasileiros para fazer turnê
Por Gustavo Maiato
Postado em 21 de novembro de 2022
A última turnê da banda Smith/Kotzen, formada pelo guitarrista Adrian Smith (Iron Maiden) e Richie Kotzen (The Winery Dogs), contou com dois brasileiros no line-up. São eles a baixista Julia Lage (Vixen) e o baterista Bruno Valverde (Angra).
Em entrevista ao jornalista Marcelo Vieira para o site Igor Miranda, Julia deu detalhes sobre como se tornou a baixista da banda e como Bruno Valverde acabou sendo contratado também. Confira trechos abaixo.
Na minha resenha do álbum "Smith/Kotzen" eu escrevi que uma aliança entre os dois não era coisa tão improvável, em razão das jam sessions que rolavam em sociais na casa um do outro. Você foi uma das pessoas que sacou o potencial dessa parceria e os incentivou a levar isso para além do ambiente informal?
Julia Lage: Não só saquei como fazia parte dessas jams, né? Mas quem falou primeiro foi a Nathalie, esposa do Adrian. Ela sugeriu: "Por que vocês dois não tentam compor algo juntos? Fazer um disco pra valer". Foi aí que eles se tocaram.
Embora você não tenha tocado no disco, imagino que tenha visto as músicas tomando forma. Ainda assim, o convite para tocar nos shows pegou você de surpresa ou era meio que esperado que, se houvesse shows, você seria a baixista?
Pegou um pouco de surpresa, sim. Eu obviamente acompanhei o processo; ele [Adrian] vinha aqui para compor, nós quatro viajamos juntos e eles compuseram na viagem também. Mas eu estava junto do meu marido só. Acabou que o convite veio dele. Não foi uma coisa pela qual eu esperava nem que eu tenha sugerido. Acho que eles [Adrian e Richie] queriam uma banda relativamente "desconhecida", para que o foco fosse total neles.
E como o Bruno acabou entrando na jogada?
O Bruno já era nosso amigo. A gente chegou a fazer audições com outros bateristas, mas quando o Bruno sentou à bateria, deu aquele "clique": "É, a cozinha é essa".
O fato de o Bruno ser brasileiro facilita em alguma coisa? Como é a comunicação dentro da banda?
Sinceramente, não faz tanta diferença. A gente fala inglês o tempo todo quase. Certas coisas preciso explicar ao Bruno em português porque o sotaque britânico do Adrian às vezes é difícil de entender, mas a gente se acostuma.
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