Para Jeff Jones, baixista do Rush antes de Geddy Lee, "Comigo o Rush não teria sido Rush"
Por André Garcia
Postado em 14 de novembro de 2022
No lançamento de seu álbum de estreia, autointitulado, em 1974 o Rush foi rotulado como imitação de Led Zeppelin. A partir do ano seguinte, com Neil Peart se juntando a Alex Lifeson e Geddy Lee, eles brilharam no rock progressivo, e se consolidaram na primeira prateleira do rock, conquistando uma legião de seguidores dos mais fieis.
Antes de tudo isso, lá nos primórdios, no entanto, a formação original do grupo contava com apenas Alex acompanhado de John Rutsey na bateria e Jeff Jones no baixo.
Jeff Jones é baixista do Red Rider, banda canadense de hard rock que integrou de 1978 a 85, e integra de 2002 até o momento. Conforme publicado pela Ultimate-Guitar, em recente entrevista para a Classic Rock ele relembrou seus dias de baixista original do Rush — de setembro a outubro de 1968.
Sobre como teria sido o Rush se ele não tivesse saído, Jeff disse: "Eu nem penso muito sobre isso. Éramos tão jovens… nem sequer tínhamos um contrato de gravação. Nem chegamos a gravar nada. Se eu tivesse continuado, não teríamos soado nada como o Rush soava com Geddy. E não digo isso por mal, é apenas um fato — eu jamais alcançaria aquelas notas [risos]! Comigo, em muitos aspectos, o Rush não teria sido o Rush."
"Mas é engraçado, nossas trajetórias são tão esquisitas. Assim que eu deixei o Rush, entrei para o Ocean, aos 17 anos. Rodamos o mundo e tivemos um hit com 'Put Your Hand in the Hand', mas aprendi cedo como as gravadoras podem te ferrar. Eu tive que botar os pés no chão e, aos 21, já estava farto, mas eventualmente entrei para o Red Rider, e as coisas deram certo para mim."
Rush
O Rush foi formado em 1968 no Canadá pelo guitarrista Alex Lifeson, e pouco depois se juntou a ele o baixista Geddy Lee. Seu álbum de estreia, autointitulado, foi lançado em 1974, e rotulado com imitação do Led Zeppelin. No ano seguinte, com a entrada de Neil Peart, embarcou numa jornada pelo rock progressivo que rendeu alguns dos maiores álbuns do gênero.
No começo dos anos 80, com uma sonoridade mais acessível às massas, fez sucesso comercial com "Permanent Waves", "Moving Pictures" e o ao vivo "Exit... Stage Left", lançados entre o começo de 1980 e o final de 1981. A partir dali, até o final da década, mergulhou de cabeça no mundo dos sintetizadores.
No decorrer de sua carreira, o trio se consagrou pelo primor técnico de seus integrantes, bem como sua versatilidade. Foram muitos os gêneros e estilos com os quais eles flertaram ao longo de seus 19 álbuns de estúdio. O último deles, "Clockwork Angels", lançado em 2012.
O Rush fez seu último show em 1 de agosto de 2015, o encerramento da turnê R40. Com a morte de Neil Peart em janeiro de 2020, qualquer possibilidade de um retorno foi descartada por Alex Lifeson e Geddy Lee.
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