Como foi transpor Zeca Pagodinho e hits do samba para o metal, segundo Gustavo Di Pádua
Por Gustavo Maiato
Postado em 20 de dezembro de 2022
O guitarrista brasileiro Gustavo Di Pádua (ex-Almah) lançou em 2022 o álbum "Tem Rock No Samba, Vol. 1", repleto de releituras de hits de sambistas na linguagem roqueira.
Em entrevista ao jornalista musical Gustavo Maiato, Di Pádua refletiu sobre os desafios e prazeres de transpor esses clássicos para o rock.
"Rola um choque inicial mesmo de como esses dois estilos podem coexistir. As pessoas ficam com curiosidade. Tem que ter ousadia para fazer essa mistura! Sempre gostei disso porque para mim a música tem que ser boa. Assim, consigo trazer ela para meu universo. Basicamente, trabalhei em cima dos grandes clássicos do samba. Músicas que considero ricas melodicamente. São músicas ricas para nossa história e aí resolvi levar para o rock.
Isso foi algo desafiador, mas tive um bom feedback! O primeiro vídeo que lancei do projeto gerou aqueles comentários tipo: ‘Caramba!’. A primeira que lancei foi um medley do Martinho da Vila com Zeca Pagodinho, com as músicas ‘Disritmia’ e ‘Maneiras’. Esse tipo de samba acho bem legal, sabe?
Acabou ficando algo meio heavy metal! Todos se surpreenderam. Chocou tanto que passei a tocar essa música nos meus shows de rock. Toquei na Expo Music até uma vez. Resolvi então de tempos em tempos lançar outras músicas nessa pegada.
Comecei a ter contato mais aprofundado com o samba através da minha mulher. Sou do rock desde moleque, mas não tenho preconceito. Outra música que fiz foi a ‘Wave’ do Tom Jobim, que ficou bem legal! Fiz até o Hino do Flamengo! [risos]. Essas coisas são muito estimulantes, porque são desafiadoras", afirmou.
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