We Came As Romans: Darkbloom marca retorno do grupo, superando morte do vocalista
Por Mário Pescada
Postado em 09 de fevereiro de 2023
Nota: 7
Depois de passar por uma fase de luto, o WE CAME AS ROMANS, quinteto de metalcore/post-hardcore de Michigam/EUA, lançou no final do ano passado seu sexto disco, "Darkbllom" (2022).
A banda vivia desde sua fundação uma sequência regular de lançamentos e conseguiu atingir uma boa posição entre os grupos do gênero com "Cold Like War" (2017), até que, em 2018 o vocalista Kyle Pavone faleceu devido a uma overdose.
Durante esses quatro anos de intervalo, os integrantes se viram naquela situação não tão rara assim no rock/metal: encerrar as atividades ou juntar os cacos ou tentar seguir em frente? Em memória a Kyle, optaram por continuar. Nesse período de luto, foram escrevendo material aos poucos e Dave Stephens ficou com os vocais, já que decidiram que não haveria um substituto para Kyle - o resultado disso tudo é o emotivo "Darkbllom" (2022).
Confesso que a proposta metalcore/post-hardcore não me seduziu muito a princípio, mas ouvindo o disco sem o estigma de "é metalcore, não vou gostar", deu sim para achar bons momentos ali.
A primeira sensação depois de apertar o play foi lembrar do LINKIN PARK, só que com um instrumental mais pesado, mas ainda assim, com aquele forte apelo radiofônico. Os vocais de Dave Stephens também remetem aos de Chester Bennington pelo seu timbre e habilidade em equilibrar trechos ora cantados, ora gritados. As boas faixas "Plagued", "Black Hole", "Golden", "One More Day" e "Holding The Embers" estão ali para comprovar essa referência, não cópia.
As letras abordam superação, desafios, conflitos internos, relacionamentos e, claro, a perda de Kyle. Mesmo ele sendo a força motriz do disco, a balada "Promise You" acabou soando um pouco forçada, apesar da sua óbvia boa intenção.
Contando com uma boa produção de Drew Fulk (ou Wzrd BLD) produtor com experiência nesse tipo de som, outros dois destaques ficam para o bom baterista David Puckett e aos bem colocados toques de eletrônica (posso sentir o calafrio de muitos leitores daqui) que ajudaram a dar mais dinamismo as músicas.
Se "Darkbllom" (2022) tivesse sido lançado nos anos 90, época áurea do estilo, eles também teriam estourado, assim como o primo rico LINKIN PARK, já que todos os elementos que catapultaram Chester e Cia. estão ali
"Darkbllom" (2022) chegou ao Brasil através da Shinigami Records em parceria com a SharpTone Records.
Formação:
Joshua Moore: guitarra
Dave Stephens: vocais
Bian "Lou" Cotton: guitarra
Andy Glass: baixo
David Puckett: bateria
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