A honesta opinião de Nuno Bettencourt sobre tocar com Rihanna
Por Gustavo Maiato
Postado em 01 de março de 2023
O guitarrista Nuno Bettencourt, do Extreme, já tocou com Rihanna algumas vezes, incluindo na última apresentação no intervalo do Super Bowl. Em entrevista transcrita pelo Ultimate Guitar, o músico refletiu sobre a experiência.
"Fico pensando: Será que tocar com ela pode ser algo difícil já que ela é uma artista pop? Eu estava errado pra caralho. Foi difícil porque se você realmente ouvir as coisas da Rihanna, o que deveria, vai ver que são músicas que vão do reggae até dance e trap. Você precisa ser muito versátil e os músicos com quem você toca, eles não são brincadeira. Esses são os maiores músicos do mundo.
Primeiro eu pensei: 'Por que ela precisa de mim? Não há guitarra' — É por isso que eles queriam que eu entrasse. Perguntei: ‘Então posso ser eu mesmo?’, eles disseram: 'Sim, [traga] seu equipamento, transforme músicas como 'Umbrella’ em algo pesado...’. Foi incrível. Eu pude fazer muito com esses hits. Quando estava tocando com esses caras, eles não tocam como está no álbum. Eles estão tipo: 'Vamos fazer isso. Vamos esticar um pouco’.
Sabe, muitas pessoas perguntam: 'Ela sabe cantar mesmo?' Claro que sim. Ela nunca dublou uma vez ao vivo. As produções hoje em dia têm muito autotune. E eles usaram nela, [mas ela] não precisava. Fiquei realmente impressionado."
Foi realmente incrível no Super Bowl ver os músicos tocando bem na sua frente e trazendo sucesso após sucesso para a multidão. Foi realmente diferente do que todos pensavam que seria. E então, depois disso, todos começaram a curtir.
Tem dançarinos em todos os lugares, fogo em todos os lugares – é como um show do Kiss do mundo pop. Foi incrível. Você pode sentar em um tanque rosa com ela e tocar uma música linda. O tanque rosa custou 250.000 dólares. Pelo amor de deus! Os caras do rock não vão pagar por um tanque rosa [risos].
As pessoas não percebem que ser ou não fácil de tocar não é uma questão técnica. Porque, tecnicamente, provavelmente não é difícil. Mas foi quase como um show que treinei por toda minha vida, e eu podia ver por que eles tinham problemas para encontrar alguém. Eu cresci ouvindo gêneros diferentes, coisas diferentes. E se eu não tivesse tocado tudo isso antes – como coisas dos Beatles, todas as coisas do reggae, coisas do funk – não havia como tocar essa coisa simples", refletiu.
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