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Roberto Barros, da banda de Edu Falaschi, quebra o silêncio e desabafa sobre críticas

Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de maio de 2023

O guitarrista Roberto Barros, da banda solo de Edu Falaschi, concedeu entrevista ao Heavy Talk e falou pela primeira vez sobre as duras críticas que recebeu ano passado. Confira abaixo.

"Assim, é a primeira vez que eu vou falar disso né. É uma história bem dolorida para mim ainda e, para as pessoas entenderem isso, não estou dando desculpa de nada. Vou contar toda a minha versão de coração aberto. Bom, a gente ficou um ano e meio no ‘Vera Cruz, trabalhando tipo eu e o Edu direto foi um ano e meio e fiquei 20 dias por mês na casa dele trabalhando.

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Quando acabou, já começou a gravar e aí mais, sei lá, três meses gravando, e lançamos o ‘Vera Cruz’. Logo depois já começamos a trabalhar no ‘Eldorado’, então não tive muito tempo assim de descansar. Já fomos direto e aí quando foi se aproximando da turnê a galera da banda já estava estudando o disco três meses antes do show e eu estava com Edu terminando esse disco novo.

A gente começou a era do ‘Eldorado’ e ele é do mesmo nível de trabalho. Eu fui para casa faltando 25 dias para o primeiro show. Aliás, 26. Eu fui faltando 26 dias aí cheguei em casa e comecei no outro dia, então foram 25 dias de preparação, o que foi um erro meu gravíssimo. Porque lá atrás eu não deveria ter feito isso. Eu deveria ter falado que não e que vou para casa estudar. Só que talvez até por uma arrogância minha eu achei que daria, entendeu? Que 25 dias seria o bastante para eu deixar na mão ali dois discos tão complexos. O ‘Rebirth’ e o ‘Vera Cruz’, que não tem nem falar né. Tipo um extremo do extremo cara.

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E aí nesses 25 dias eu fui sentindo. Porque uma coisa é você compor o disco e gravar o disco e você ter tido tempo para gravar. Você estava em forma, e nesse tempo todo que eu fiquei no ‘Eldorado’ gravando até chegar no dia eu não estava estudando. Não tem como estudar 20 dias e ficar compondo. E eu talvez por uma arrogância minha, que hoje em dia eu vejo assim, eu assumo as coisas eu achei que talvez daria.

Fui vendo que era tanta coisa e isso foi me adoecendo cara. Eu comecei a estudar 17 horas, 18 horas. Eu não dormia. Quando acabou os 25 dias eu estava tocando o repertório, mas longe do que eu posso tocar, do que eu poderia tocar. Fizemos o primeiro show e não fui bem no primeiro show. E cara vou te dizer que nunca vi tanto ódio na minha vida. Nunca vi tanto ódio. Eu entrei na banda do Edu em 2017, eram anos e anos sendo meu praticamente perfeito ao vivo, tanto que as pessoas me chamam Cyborg.

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Não foi eu que falei né, as pessoas chamavam isso porque eu sempre entregava um show acima do que eu poderia entregar, porque eu sempre me dediquei muito, estudava antes e depois do show. Sempre fui esse cara. Então na primeira vez que eu falhei, que eu não fui tão bem... Assumo isso e não boto culpa ninguém. Eu fui destruído, entendeu? Destruído de uma forma que eu não tava acostumado.

Aquilo me abalou completamente, destruiu, entendeu? A cada show que eu fazia, eu via aquela enxurrada de pessoas me destruindo. Aquilo foi entrando na minha cabeça e sempre vejo as pessoas dizendo que não é assim, que não posso me abalar. Mas vou te dar um exemplo do porquê estou certo sobre isso. Quando é com você, aí sim você sente o quanto é difícil. Uma pessoa nunca está preparada para lidar com isso. Quer ver um exemplo? Lembro que, no meio disso tudo, um hater foi até o meu Instagram e me xingou.

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Ele disse um monte de coisas ruins e eu compartilhei isso nos meus stories. Mas ele imediatamente excluiu a conta dele, porque as pessoas foram lá e o bloquearam. Se é tão fácil lidar com haters, por que ele excluiu a conta dele? Ele não aguentou a pressão da galera. Mas voltando ao ponto principal...

Fui passando por uma sequência de shows e fui ficando cada vez pior, mais depressivo. Comecei a entrar em uma espiral negativa que afetava minha mente. Percebi que a alta performance está totalmente ligada ao estado de espírito e à minha mente, entendeu? Você pode ver pessoas que são altamente talentosas em alguma arte ou luta, mas que têm dias ruins em que tudo dá errado. Então, fiz oito shows e fui melhorando, mas carregava um peso na minha cabeça. Sabia que não estava atingindo o potencial que deveria ter alcançado. No entanto, eu acreditava que, de alguma forma, tudo daria certo. Achava que não seria perfeito, mas estaria bom.

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No primeiro show, não fui bem. Sim, hoje eu sou humano e tenho o direito de não ir bem às vezes. As pessoas foram muito cruéis, extremamente cruéis. Vi muitos guitarristas, inclusive alguns que eram meus alunos e a quem ensinei muito, falando mal de mim em grupos. Recebi prints de guitarristas famosos fazendo indiretas. Fui melhorando, fui me aperfeiçoando, mas ainda assim não entreguei o meu melhor. As pessoas ficaram felizes em me destruir completamente. E eu, segurando a onda, contando com o apoio da minha família, minha esposa ao meu lado, dizendo que poderíamos superar esses shows.

Chegou o dia de gravar o DVD. Sabia que não tinha ido tão bem no DVD, toquei bem, mas não era o que as pessoas esperavam. Elas estavam chateadas com os sete shows anteriores e esperavam algo grandioso, algo fora deste mundo. Nesse momento, eu já estava lidando com uma depressão por causa de tudo o que estava acontecendo. Agora vejo que aquilo foi uma depressão, mas piorou depois.

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Vou contar o que aconteceu em seguida. Fiz um show e, no dia seguinte, foi o pior dia da minha vida. Várias pessoas começaram a me criticar de forma intensa. Guitarristas, caras que eu já tinha conversado antes, disseram que foi terrível. Naquele momento, eu me senti como se o Roberto com 25 anos de carreira de estudos e dedicação tivesse sido destruído. Minha vida foi dedicada à guitarra, tudo o que conquistei veio desse instrumento. Não venho de uma família rica, então quando as pessoas estavam me destruindo daquela maneira, senti que tudo o que era mais precioso para mim havia sido arrancado. Eu pensei: "Acabou minha carreira".

Naquele momento, em um estado não lúcido, desabei no meu story, desabafando com palavras que não deveria ter dito. Eu sabia que muitas pessoas veriam, comentariam e compartilhariam, mas não imaginei que a repercussão seria tão intensa. Foi injusto, eu achava, que as pessoas criticassem, dizendo que não foi bom o suficiente, que eu poderia ter feito melhor, que eu não era o Roberto que elas estavam acostumadas a ver nos últimos cinco, seis anos. Eu sentia que não merecia todo aquele ódio que estava sendo direcionado a mim.

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Naquele momento de desespero, escrevi no meu story, mas minha esposa não estava por perto para me segurar, para me controlar quando estou em um estado mais sensível. Ela sempre está ali, me apoiando, mas naquele momento ela não estava. Fui dormir completamente abalado, destruído. Escrevi aquilo no story sem pensar nas consequências, sem considerar que o DVD tinha sido gravado um dia antes. Eu só queria aliviar a dor que estava dentro de mim.

No dia seguinte, ou talvez ainda no mesmo dia, as pessoas começaram a espalhar a notícia de que eu estava me aposentando da guitarra no Brasil. Obviamente, isso não era verdade. Foi como uma brincadeira de telefone sem fio, em questão de horas, estava nos principais veículos de notícias e nos canais de guitarra que nunca haviam falado de mim. Agora, eles estavam fazendo inúmeros vídeos com a thumbnail "Roberto Barros se aposenta". Isso foi uma falta extrema de consideração por parte dos meus colegas de trabalho, porque em nenhum momento eu usei essa palavra. Eu disse que não queria mais tocar heavy metal no Brasil, que não queria mais tocar em bandas. Isso também foi dito em um momento em que eu não estava lúcido, mas veja como isso foi levado a sério. Até hoje, as pessoas me perguntam se estou dando aulas, se ainda estou trabalhando. Isso abalou completamente meus negócios, as pessoas acharam que eu tinha parado de tocar. Mas para esses canais, era mais importante ter cliques com essas thumbnails sensacionalistas.

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Não guardo mágoa, mas tudo isso foi extremamente doloroso para mim. A forma como se espalhou foi avassaladora, e eu fui ficando cada vez pior. Fui sendo afetado negativamente ao ver as pessoas me criticando nas apresentações. Essas críticas se somaram, e as pessoas continuaram me atacando. Cheguei até a me xingar no Instagram, questionando por que estavam me desrespeitando dessa forma.

Essa situação foi se intensificando cada vez mais, como uma avalanche de neve que só cresce e cresce. Eu estava ficando cada vez pior, até que um dia cheguei ao meu ponto mais baixo. Cheguei a ter pensamentos negativos, mesmo com minha mãe sendo especialista em psicologia e sempre nos ensinando sobre depressão e outros assuntos. Houve certa resistência e falta de conhecimento, admito, mas só entendemos verdadeiramente quando vivemos essas situações.

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Nesse momento de profunda depressão, eu não queria tocar, nem mesmo comer. Houve um dia em que quase cometi um ato precipitado, e minha esposa ficou desesperada. Isso afetou toda a minha família. Lembro que minha esposa teve sangramento por 30 dias, pois ela via que eu estava me desgastando na câmera e não tinha energia para fazer coisas simples, como ir ao banheiro.

Consequentemente, fui piorando cada vez mais. Meus pais tiveram que vir para me ajudar, pois a situação estava insustentável. Minha esposa ligou para eles, preocupada de que eu pudesse tomar alguma atitude drástica. A partir daí, eles vieram e fui submetido a tratamentos recomendados por minha mãe, incluindo terapia e perdão. Eles vieram do Espírito Santo e ficaram aqui por um bom tempo, enquanto eu lidava com tudo isso.

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Durante esse período, não deletei meu Instagram, pois é onde ganho dinheiro vendendo meus cursos. No entanto, sentia vontade de desaparecer. Foi uma loucura, mas continuei me tratando. Removi o YouTube e outros aplicativos, inclusive do Instagram da minha esposa, que monitorava tudo.

Fiquei completamente abalado e comecei a buscar tratamento. Fiz consultas e fui cuidando disso. Aos poucos, fui me entendendo e percebendo que esse processo já vinha se acumulando. Trabalhava de forma excessiva desde a época do Vera Cruz. Estava 20 quilos mais pesado e não me reconhecia mais quando me via tocando tão bem. Fui cancelado, imaginem só, por não fazer algo que qualquer ser humano pode fazer. Acho isso uma crueldade por parte das pessoas.

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Naquela época, ainda assistia aos vídeos antes de deletar os aplicativos. Brigava muito com minha esposa, pois ela não queria que eu visse, pois só piorava minha situação. Quando ela saía, eu colocava na TV e assistia a vídeos de guitarristas profissionais. Havia poucas pessoas me apoiando, mas a maioria estava me criticando de forma velada. Também tive um problema emocional, desenvolvi algumas glândulas em minha garganta, fui ao médico e percebi que tudo isso estava relacionado ao meu estado emocional.

Aos poucos, fui me reerguendo. Entendi que não poderia sair da banda, pois além de ser meu trabalho, eu representava todos. Havíamos começado um projeto, e não seria justo abandoná-lo. Tivemos um mês e dez dias de intervalo entre o último show e o próximo, e foi um momento que pareceu ter sido guiado por algo divino. Nesse período, percebi um pouco do que estava acontecendo, que estava em uma depressão total. Se tivesse continuado fazendo shows, teria sido ainda pior. Então, durante esse mês e dez dias, comecei a me reerguer aos poucos.

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Decidi mudar minha vida e recomeçar. Queria mostrar a essas pessoas que todos passamos por fases difíceis na vida, que caímos, mas temos duas opções quando chegamos ao fundo do poço: permanecer lá ou escalar de volta. Eu cheguei ao fundo do poço, mas sei da minha qualidade, sei o que estudei, o que toco, o que faço, além de ser um pai de família. Eu sei quem sou, conheço a minha essência. Mesmo que essas pessoas maliciosas tenham tentado me fazer acreditar que eu não era nada, eventualmente voltei a acreditar em mim mesmo.

Então, nesse momento, tive que acreditar em mim mesmo. Foi quando comecei a renascer. Voltei a estudar e retomei minhas atividades. Acho muito importante reforçar isso e deixar claro novamente: tive 25 dias para me recuperar, e o que fiz foi um verdadeiro milagre. Hoje em dia, não aceito mais não ter tempo de preparação. Eu digo: "Vai, posso estar envolvido com a banda ou qualquer outra coisa, mas preciso do meu tempo de preparação." Não aceito mais nada menos que isso.

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Tocamos em um nível musical absurdo. Lembro-me de quando fiz meu playthrough, tive dois meses e meio para aprender a tocar. Estava voando naquele momento. Fiquei isolado em um sítio, estudando intensamente. Falando sobre a música "Doença", por exemplo, ela é extremamente complexa e exige tempo e dedicação. Desde então, não tocamos essa música em nenhum show, mas quero deixar claro que estou bem resolvido com isso.

Quando tudo isso passar, quando terminarmos a turnê e tivermos um tempo livre, vou dizer: "Agora vamos tirar dois meses de folga, e então vou colocar tudo isso em dia." É algo que comuniquei à banda: "Me dêem meu momento, deixem-me me reerguer. Quando sentirmos que é o momento certo, quando tivermos um tempo de preparação, faremos isso." É a história que tenho para contar. Assumo tudo o que aconteceu, mas vou te dizer, hoje vejo assim: qual foi o crime que cometi para as pessoas me destruírem dessa forma?

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Vi uma matéria sobre o Selton Melo, e me identifiquei muito. Ele disse: "Cheguei ao fundo do poço e hoje sou grato por isso." E eu digo o mesmo, sou muito grato por tudo o que aconteceu. Aprendi muito sobre mim, sobre meu trabalho e sobre respeitar meus limites. Hoje, não permito que ninguém ultrapasse meus limites. Quando chego ao meu limite, digo: "Cheguei até aqui." Mas vou te dizer, ainda dói.

Talvez você tenha me visto emocionado em alguns momentos, ainda dói muito, mas tenho grandes planos para 2024. Muitas das pessoas que me humilharam, que zombaram de mim, vão saber sobre esses planos. São coisas que minha esposa menciona, ela sempre diz: "Você só estará em paz com seu espírito quando fizer isso." Não vou dizer o que é, mas não é nada ruim, pelo amor de Deus. Tenho coisas planejadas, e quando concluir tudo isso em 2024, voltarei aqui para dizer que agora estou em paz. Enfim, foi muito triste ver canais de pessoas com milhões de inscritos que nunca falaram de mim, mas aproveitaram esse momento para fazer vídeos com mais de 100 mil visualizações. Você tem ideia do impacto que isso tem na minha carreira? Basta digitar meu nome no YouTube para ver essas coisas.

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As pessoas muitas vezes não pensam, apenas querem um clique, né? Uma curiosidade. Depois de passar por essa história, você teve um declive significativo e chegou ao fundo do poço, como você mencionou. Lembra qual foi a sensação de subir ao palco pela primeira vez depois de tudo isso? Cara, eu sentia vergonha. Quando começamos a voltar, eu ainda sentia vergonha de mim mesmo.

As pessoas me fizeram acreditar que eu não valia nada. Nessa época, eu costumava postar vídeos depois dos shows, mostrando solos e coisas extremamente complexas. Lembro que fizemos um show em Santos e, cara, ao ouvir a gravação, parecia um disco, embora nem sempre soasse perfeito, pois às vezes eu estudava mais a música e outras vezes não. Mas fiquei preso nessa mentalidade. As pessoas me marcavam nos vídeos dos solos, e eu comecei a acreditar novamente, fazendo coisas absurdamente complexas. No show, ia bem em um momento e não tão bem em outro, mas fui recuperando minha confiança aos poucos.

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O primeiro momento não foi fácil quando voltamos, mas foi quando comecei a me reencontrar. Fui recuperando minha confiança e também busquei tratamento psicológico, além de trabalhar em mim mesmo. Comecei a ler relatos de outras pessoas que passaram por situações semelhantes, pessoas de alto nível em suas áreas que tiveram momentos ruins, como atletas olímpicos campeões que não foram bem nas Olimpíadas, ou pessoas invencíveis que enfrentaram fases terríveis e depois se recuperaram. Fui aprendendo com esses relatos. Sempre fui uma pessoa que gosta de aprender, tanto com coisas boas quanto com meus próprios erros.

Se tratei alguém mal, por exemplo, tento melhorar, aprimorar meu tom de voz, ser menos incisivo. Às vezes, as pessoas me conhecem apenas por um vídeo em que fui mais incisivo e esperam uma bronca. Decidi que a partir de agora vou melhorar em todas as áreas, trabalhar em várias coisas que preciso aprimorar. Hoje, não tenho medo de admitir isso. O Edu costumava me dizer: 'Vamos continuar, será um tratamento para você.' Eu respondia que não queria continuar, que não me sentia seguro. Mas o Edu foi compreensivo e gentil, dizendo que seria uma terapia para mim e me encorajando a compor e terminar o disco.

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Tinha medo de chegar lá e falar sobre isso, mas até o fim do disco nunca tocamos nesse assunto. Ele sempre me deixou à vontade em sua casa, não mencionava isso. No fim, conseguimos concluir o álbum, e nunca abordamos essa parte. Acredito que será muito bem recebido. Superei e não quero mais falar sobre isso em nenhum lugar".

Confira a entrevista completa aqui.

Foto: Gustavo Maiato
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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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