Como Rita Lee descobriu o câncer e o passo a passo do tratamento, segundo autobiografia
Por Gustavo Maiato
Postado em 27 de junho de 2023
Rita Lee é considerada a grande rainha do rock nacional e faleceu no dia 8 de maio de 2023 após luta contra um câncer. Em vídeo no seu canal baseado no último livro da roqueira, "Rita Lee: Uma Outra Autobiografia", Júlio Ettore explica como foi a descoberta e tratamento da doença.
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A descoberta do câncer de Rita Lee
"A Rita Lee descobriu o câncer depois de reações com as vacinas de covid-19. Ela tomou em 2021. Na primeira dose, teve um mal-estar. Na segunda, passou a noite tossindo. No dia seguinte, foi marcar uma consulta no hospital Albert Einstein. Ela se consultou com uma médica que só de ouvir a respiração já ligou na hora para o oncologista e encaminhou ao consultório. Ela achava que seria uma bronquite, mas acabou ficando dias no hospital. Ela fez a consulta com o médico José Ribas Campos, que disse que poderia ser fungos, tuberculose ou câncer. Ele fez um exame de contraste. A Rita foi para a sala de cirurgia para fazer a biópsia. Se confirmou que era um tumor maligno. Eles precisavam ver que tumor era aquele. Ela ficou muito assustada e os enfermeiros tiveram dificuldade de lidar com ela. Isso ela assumiu na última biografia que ela escreveu".
A decisão do tratamento
"A Rita disse que tinha muitas crises de choro. Não conseguia dormir quando estava internada e falava com o Roberto e filhos pelo telefone. Ela estava muito magra e botaram uma sonda pelo nariz. Vai direto para o intestino. A alimentação foi algo complicado. Precisavam discutir o tratamento. Ela não queria fazer quimioterapia nem radioterapia por causa da mãe dela, que tinha sofrido do mesmo mal. Ela pediu para dar morfina e sabia que a doença era incurável. Ela queria uma passagem digna, sem dor e consciente. Depois, ela mudou de ideia. O chefe da oncologia do hospital explicou que o tratamento estava mais evoluído. Sugeriu a imunoterapia, que é um tratamento que visa combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico. A Rita pediu para a família decidir e o Roberto e os três filhos decidiram que ela faria radioterapia e imunoterapia. Ela foi para a área oncológica e começou a receber visitas".
O problema do tabagismo
"Nessa altura, a Rita começou a refletir sobre a vida e a morte. São reflexões bem frias. Ela falou que não sentia o coração apertar e sim partir para o desconhecido. Ela reflete muito sobre o tabagismo e faz uma forte autocrítica. Ela se arrepende de não ter parado, mesmo tendo recebido avisos que era preciso parar de fumar. A Rita fumava dois maços de cigarro por dia e procurava a primeira tragada, que é a que traz sensação de alívio. Aí, você quer a mesma sensação de novo. Na fase aguda da pandemia, ela chegou a fumar três maços por dia".
A quimioterapia
"Eles foram medir os efeitos da imunoterapia e a notícia não era boa. Identificaram que não estava fazendo efeito e o tratamento mais indicado era a quimioterapia. Ela foi convencida pelo marido a encarar o tratamento. Começou a sofrer com a abstinência do tabaco e falta de apetite por causa do tratamento. As crises de pânico continuavam, mas a frequência diminuiu. Ela disse que tentou pintar e fazer tricô. Era na época da pandemia. As circunstâncias não ajudavam. Uma enfermeira identificou um tumor nas costas, que ela deu o apelido de Jair. Ela estava assustada com a aproximação da quimioterapia e se lembrava da mãe. Ela aceitou fazer e conseguiu engordar um quilo. Eram três dias seguidos de quimioterapia e ela não ficou tão mal e sim cansada. Ela decidiu raspar de uma vez o cabelo e passou a usar turbantes. Disse que queria ser cremada e jogar as cinzas na horta caseira sem agrotóxicos, para se transformar numa alface suculenta".
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