Tony Iommi joga a culpa em Ronnie James Dio pela longa duração de seus solos de guitarra
Por Bruce William
Postado em 18 de julho de 2023
Quando se pensa em Tony Iommi, membro fundador do Black Sabbath, a primeira coisa que vêm à cabeça são os fortes e poderosos riffs criados pelo guitarrista, que desenvolveu um estilo distinto e influente, caracterizado por riffs pesados e melódicos que se tornaram marca registrada da banda. Iommi é conhecido por seu uso de afinações baixas, riffs poderosos e sua habilidade em criar atmosferas sombrias e pesadas, não à toa sendo chamado de "riffmaster", sendo alguns de seus riffs mais famosos os de "Iron Man", "Paranoid" e "War Pigs".
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E além de seu talento como criador de riffs, Iommi também se destacou como autor de solos de guitarra. Seus solos são marcantes e carregados de emoção, muitas vezes combinando técnica virtuosa com uma abordagem melódica. Iommi tem o dom de criar solos que se encaixam perfeitamente nas músicas, adicionando camadas de intensidade e expressão ao som do Black Sabbath.
Apesar disto, o Black Sabbath, diferente de seus contemporâneos como o Led Zeppelin e o Deep Purple, não é uma banda que ficou marcada por longos improvisos em seus shows ao vivo, como era comum antigamente. Mas isto acontecia sim, e embora fosse numa proporção menor, Iommi hoje se justifica pelo que ele diz serem "exageros" nas apresentações da banda.
"Desde os anos setenta eu sempre fazia um solo. Quer dizer, sim, às vezes eu me empolgava um pouco além da conta", disse Iommi durante participação no Trunk Nation de Eddie Trunk, em transcrição feita pelo Music Radar. "Ouvindo hoje em dia, você pensa 'Caramba! Isso ficou exagerado, é muito longo'. Mas você acaba se deixando levar e não parece tão longo quanto é. E fizemos isso desde os anos setenta. Era a coisa certa a se fazer, todo mundo fazia solos de guitarra e de bateria nos anos setenta. Isso era o que fazíamos e nunca mudamos. Continuamos fazendo".
O comentário surgiu por conta do relançamento do "Live Evil", registro ao vivo do começo dos anos oitenta trazendo uma versão expandida da música "Heaven And Hell" que emenda com "The Sign Of The Southern Cross" e depois novamente volta a "Heaven And Hell", num total de praticamente dezenove minutos, o que levou Iommi a comentar que a chegada de Dio nos anos oitenta tornou a situação ainda pior, já que o vocalista incentivava Iommi a improvisar ainda mais: "Ronnie costumava dizer: 'Faça um solo mais longo. Toque isso'. Era bom ouvir isso em vez de 'Oh, não faça um solo!' Era bom ser encorajado dessa forma, e fazíamos isso uns com os outros".
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