Fernanda Lira, da Crypta, canta hit de Amy Winehouse e interpretação surpreende fãs
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de julho de 2023
A cantora e baixista Fernanda Lira, da Crypta, é conhecida por sua voz gutural. Em seu Instagram, entretanto, ela surpreendeu os fãs ao interpretar a música "Love is a Losing Game", da saudosa Amy Winehouse.
O vídeo mostra Fernanda Lira na beira do Rio Salzach, na fronteira da Alemanha com a Áustria. O canto sem a utilização da técnica gutural e com todos os trejeitos da versão original chamou atenção.
Relaxando e cantando às margens do rio Salzach em Salzburgo, Áustria, antes do nosso show lá! Qual música você gostaria de me ver cantando aleatoriamente nessas caminhadas ao redor do mundo? Comente, e eu escolherei uma!
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Muitas vezes, quando me sinto sobrecarregada por qualquer motivo durante uma turnê, eu saio sozinha por um tempo e apenas ando por aí, sinto a cidade, me permito tomar um bom chá ou comida vegana, sento-me com a natureza e presto atenção aos pequenos detalhes da vida ao meu redor.
Foi exatamente o que fiz ontem, e foi incrível! Passei cerca de quatro horas ou mais caminhando por Salzburgo e acabei passando por muitos dos pontos turísticos mais famosos da cidade! Mas o destaque, sem dúvida, foram os momentos junto ao rio, tão relaxantes!
Não só eu amo, como também anseio pela solidão às vezes, principalmente porque sou naturalmente muito sociável e extrovertida. Esses momentos são muito importantes para eu recarregar minhas energias e me reconectar com a pessoa mais importante da minha vida, que sou eu mesma ."
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"Ficar longe do palco mexeu com minha saúde mental"
Ainda sobre a questão da saúde mental e como se sentir melhor em meio ao turbilhão de emoções, Fernanda Lira já havia tocado no assunto em outro post, também noticiado pelo Whiplash.Net.
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"Esses dias li uma frase que era mais ou menos assim: ‘todo mundo fala do quanto é difícil viver de arte, mas poucos falam do quanto é difícil pro artista viver sem arte’. Essa frase me pegou de jeito, é muito verdade. Amanhã volto finalmente à rotina de shows e turnês. Sim, demoramos pra voltar por escolha da banda mesmo, negamos diversas oportunidades, para voltar apenas quando a maioria dos países já tivesse acesso a todas as doses disponíveis de vacina e quando os números relacionados à covid estivessem mais brandos.
Por isso, fiquei quase dois anos e meio longe da minha arte preferida, que é a performance ao vivo nas turnês. Compor, resolver coisas da banda, planejar o futuro é tudo muito bom. Mas nada substitui o ao vivo. O palco sempre foi o clímax pra mim, o motivo para todo o meu corre.
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Quanto estava mal após minha troca de bandas e no pico do transtorno de ansiedade, cheguei a, no auge da minha dor, questionar se eu era feita pra música. A distância dos palcos só me confirmou que sim.
Ficar longe do palco mexeu com minha saúde mental (ansiedade foi às alturas porque nada substitui a descarga de adrenalina e prazer de se estar no palco), com meu coração (ficar sem o contato com os fãs, sem o olhar no olho, sem a entrega e a troca me deixaram muito triste), e meu corpo físico (a falta do exercício q passei mais de 10 anos fazendo me trouxe contraturas musculares porque os músculos meio que enfraqueceram, deram uma definhadinha, tive q fazer fisioterapia pra escápula e para epicondilite).
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Mas mexeu mais que tudo com a minha alma. De alguma maneira eu sinto que eu pertenço ao palco, à estrada, às pessoas, ao mundo, e ficar impossibilitada de fazer isso me fez sentir como se um pedaço da minha vida e de mim estivesse faltando. Eu quero fazer isso até quando minha mente e meu corpo aguentarem", concluiu.
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