Orlando Pacheco sensibilidade e senso artístico apurado em "Wings of Fire"
Por Giovanna Techio
Postado em 03 de agosto de 2023
Quando falamos de Power Metal e Metal Melódico, uma das vertentes mais celebradas do Heavy Metal, estamos falando de um gênero que já foi amplamente explorado em quase todas as suas possibilidades. Ainda assim, mesmo hoje em dia, passados mais de 30 anos da popularização do gênero, especialmente a partir do lançamento dos clássicos "Keepers of the Seventh Keys" I e II, do Helloween, ainda é possível encontrar novas perspectivas nesta vertente musical tão amada e odiada.

No próprio Brasil, inúmeras bandas tem provado isso e a riqueza cultural do nosso país contribui muito para ampliar os horizontes da música criada em nossas terras. Um dos artistas que recentemente me deparei e que vem mostrando algo diferenciado é o músico Orlando Pacheco, que no final de 2022 lançou seu álbum de estreia, "Wings of Fire".
"Wings of Fire" não é um álbum que tenta reinventar o gênero, mas é um disco de um artista absolutamente sensível e que soube carregar sua obra de um sentimento tão puro, angelical e verdadeiro, que faz sua música se tornar absolutamente encantadora.
Ao mesmo tempo que o álbum é técnico, grandioso, complexo e profundo, ele também é delicado, acolhedor e afável, e mesmo quando em suas passagens mais pesadas, soa cristalino e tocante. A voz de Orlando é como a voz de um anjo e seu alcance é assombroso, soando absolutamente técnico, mas sem se tornar enfadonho pelo virtuosismo de suas perícias vocais.
Para sua estreia, Orlando se cercou de músicos competentíssimos, resultando em canções mais progressivas como a abertura "Projected Gods", a intrincada "Mental Grids", com seus tempos e andamentos malucos e a épica "Try It Out", que lembra em alguns momentos a fase áurea do Dark Moor. Também temos as músicas mais lentas, carregadas de melodias magistrais e de uma interpretação tão sensível de Orlando que facilmente emociona, como na belíssima faixa título, a provocante "Feel" e as poderosas "The Sound of Birds" e "Blue Ways", que encerram o álbum. Mas também há espaço para o típico Power Metal acelerado e empolgante que todos gostamos, como em "Nonstop" e "The Sacred Ring", e também a inevitável referência ao Angra na abrasileirada "One Destination".
"Wings of Fire" traz uma grande expectativa consigo de não ser o filho único de um artista tão completo como Orlando Pacheco. Fico na torcida por novas composições que me preenchem a alma como estas 10 o fizeram.
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