Músico que sai de banda famosa deve continuar tocando clássicos na carreira solo?
Por Gustavo Maiato
Postado em 20 de outubro de 2023
Alguns músicos notáveis que deixaram bandas famosas resolveram manter o repertório clássico em suas carreiras solo. Essa lista inclui artistas como Roland Grapow, ex-guitarrista do Helloween; Paul Di'Anno, ex-vocalista do Iron Maiden; Udo Dirkschneider, ex-vocalista do Accept; e, mais recentemente no Brasil, Luis Mariutti, conhecido por seu trabalho com Angra e Shaman.
Em entrevista a Gustavo Maiato, Fábio Carito, que já tocou na banda solo de artistas como Warrel Dane, refletiu se é válido ou não essa postura.
"Eu acredito que é válido, porque o artista precisa sobreviver. Aqueles que fazem isso estão uma geração atrás de nós; eles vieram da era dos anos 80. Naquela época, as oportunidades e a dinâmica de oferta e demanda eram totalmente diferentes do que é hoje. Você tinha um contrato enorme com uma gravadora, mas não ganhava muito dinheiro. O contrato incluía a gravação de quatro álbuns de uma vez. Então, para ganhar dinheiro, você tinha que seguir esse ciclo de gravação.
Alguns artistas construíram suas carreiras dessa maneira. No entanto, eu garanto a você que, uma vez nesse ciclo, o cara pode não saber fazer mais nada na vida. Mesmo no caso de um artista com décadas de experiência e muitos discos lançados, ele muitas vezes se concentra apenas nos dois primeiros álbuns que gravou. Eu entendo o ponto de vista de quem diz que talvez o público não se interesse pelos outros trabalhos. O público muitas vezes se apega ao que já conhece, e há muita coisa para consumir, o que torna a situação complicada.
Eu não vejo problema nisso. O próprio artista tem uma carreira solo muito mais longa do que a fase inicial em que gravou esses álbuns. Ele gravou muitos mais sucessos ao longo de sua carreira solo. É o caso do Paul Di’Anno. Há muita coisa disponível, mas o público vai atrás do que já conhece.
No final, é bom porque ele está entregando o que as pessoas querem ouvir. Porém, também é frustrante. Imagino que, depois de tantos anos, ele pense: ‘Eu tenho 40 anos de carreira e as pessoas ainda querem ouvir as mesmas músicas antigas. Elas querem aquelas oito músicas que nem mesmo ouço mais, mas é isso que o público quer.’ No entanto, ele não faz isso, não tem dinheiro, não paga as contas".
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