O dia em que Renato Russo foi a um estranho encontro com famosos na casa de Regina Casé
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de novembro de 2023
No livro "Renato Russo – Só por hoje e para sempre", que narra seu diário durante a internação na clínica Vila Serena, no Rio de Janeiro, o cantor e compositor relata um episódio curioso que ocorreu em uma reunião na casa de Regina Casé.
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Renato Russo, convidado por seu amigo antropólogo Hermano Vianna, estava ciente de que seria uma reunião informal. Acompanhado de amigos, incluindo Moreno, filho de Caetano Veloso, o clima inicial era de alegria. No entanto, as coisas tomaram um rumo inesperado quando Renato e seus amigos foram esnobados no evento.
O cantor, tomado pelo pânico, recorreu à bebida como uma forma de lidar com a situação. Para sua surpresa, Caetano Veloso e Ney Matogrosso pareciam se divertir com a situação, e Renato se refugiou com eles na biblioteca para cantar músicas de Elton John. No entanto, a autocrítica de Renato o faz pensar que possa ter dado um vexame na ocasião.
A situação se torna ainda mais peculiar quando Hermano Vianna tenta consolar Renato, revelando que a turma costuma escolher alguém para fazer o papel de bobo. Em um gesto de solidariedade, Hermano tenta confortar Renato, mencionando comentários do tipo: "Não liga não, o Cazuza era bem pior".
Esse relato proporciona uma visão íntima e descontraída de um momento na vida de Renato Russo, mostrando seus altos e baixos, além das dinâmicas sociais e relações peculiares que ocorriam nos círculos artísticos da época.
Renato Russo e luta contra álcool
Não é segredo que Renato Russo, o icônico vocalista da Legião Urbana, enfrentou diretamente os desafios do vício em drogas e álcool. Em um vídeo divulgado em seu canal no YouTube, Júlio Ettore explora esse delicado capítulo da vida do músico, revelando como uma conversa com um psicólogo desempenhou um papel crucial na sobrevida do artista.
Estamos no fevereiro de 1993, e Renato Russo reconhece ter atingido o que descreve como o 'fundo do poço'. Após algumas semanas de abstinência, uma recaída o leva a misturar álcool com tranquilizantes. Em suas próprias palavras: "Agora eu iria até o fim. Minha autoestima era inexistente. Eu só pensava em morrer, com pensamentos ruins e compulsões sexuais". Esses sentimentos afloravam principalmente quando estava em casa, pois, ao estar com a banda e diante do público, aparentemente, tudo estava bem.
Em uma sessão crucial com seu analista, a conclusão foi clara: a única opção para evitar uma tragédia iminente era a internação. Caso contrário, as previsões sombrias indicavam que ele não sobreviveria até o final do ano. Foi nesse momento que o analista conseguiu persuadir Renato a aceitar a internação, que se concretizou dois meses depois, em abril.
Durante esse período, Renato Russo compartilhou mais detalhes de sua jornada, descrevendo momentos permeados por emoções como medo e raiva. Ao abordar o medo, escolheu relatar um episódio tenso, marcado por consequências adversas do uso de drogas. Este relato oferece um vislumbre mais profundo do tumultuado caminho de Renato Russo em busca da recuperação, destacando a importância de intervenções e apoio profissional em situações tão críticas.
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