A condição que fez Edu Ardanuy não aceitar voltar ao Dr. Sin
Por Gustavo Maiato
Postado em 26 de janeiro de 2024
O Dr Sin contou na sua formação clássica com Edu Ardanuy na guitarra e os irmãos Andria Busic (baixista e vocalista) e Ivan Busic (baterista). Em 2016, a banda anunciou uma pausa nas atividades.
Já em 2018, o Dr Sin anunciou o retorno e dessa vez com Thiago Melo no lugar de Ardanuy. Em entrevista ao Heavy Talk, o ex-guitarrista da banda explicou o motivo que o levou a recusar o convite para permanecer no grupo.
"Primeiro, que eu não seria o Edu Ardanuy se não fosse a história do Dr Sin. Antes eu era um cara que talvez alguém conhecesse, alguém do meio do underground só em São Paulo, ou seja, ninguém na realidade me conhecia. Acho que eu fiquei 25 anos na banda, foram 10 discos gravados. Então, naturalmente, é óbvio que a minha carreira é basicamente toda baseada no Dr Sin, uma banda que eu adoro, tenho muito orgulho de ter participado, escrevi muitas músicas com eles e tenho muito orgulho disso.
Infelizmente, banda é que nem casamento, uma hora começa a desandar e chega uma hora que é melhor parar para não acabar com a amizade, coisa tal. Por N motivos, nós resolvemos dar um tempo. Não sei exatamente que ano foi, mas já faz uns 6 anos. Daí, a gente anunciou que ia fazer uma pausa e a turnê foi muito legal. As pessoas, quando você fala que vai ser a última turnê, elas comparecem no show, né? Interessante, podia usar esse marketing todo, todo show vai ser o último show, né? [risos]
Naturalmente, não foi legal, todos nós ficamos tristes com isso, mas era necessário a gente dar aquele tempo para a coisa não desandar de vez, até perder a amizade pessoal. E depois, eles resolveram voltar, só que quando eles resolveram voltar, eu já estava envolvido com o Sinistra até o pescoço. Eles são um pouco, vamos dizer assim, ciumentos. Eles não iam aceitar muito eu voltar e lançando uma nova banda, né? Eles têm um certo ciúmes dos membros da banda. Então, para você ser Dr Sin, você tem que ser 100%. E quando o Ivan me ligou para anunciar o retorno, ele me convidou para voltar, mas ele falou que eu tinha que ser 110%.
Percebi naquela frase eu teria que pegar todo o processo que eu já tava trabalhando com o Nando Fernandes e com toda a rapaziada e parar. E daí não ia ser justo com os caras, né? Infelizmente, não ia rolar. E aí eles continuaram. Ainda bem que é uma banda incrível, arrumaram um guitarrista incrível, que é o Thiago Melo, que também toca muito bem.
Tocamos juntos às vezes, participei a última vez do festival que teve em Rondonópolis, no Mato Grosso. Eu fui fazer um trabalho com o trio instrumental lá. O Doctor Sin ia ser o headliner da noite. E toquei com eles lá, toquei com eles no Manifesto, comemorando 30 anos do lançamento do primeiro álbum. Gravei uma participação no DVD acústico deles.
A gente se dá super bem, ou seja, o futuro a gente não sabe, quem sabe, aí no futuro distante ou próximo, a gente grave alguma coisa junto, né? Um dia, talvez, eles aprendam que você não precisa ser 110% de uma banda, você pega um cara como o Billy Sheehan, ele tem quatro bandas ao mesmo tempo, faz tudo e sabe organizar. Você pode fazer no mesmo ano quatro, cinco projetos, sem problema".
Confira a entrevista completa aqui.
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