Regis Tadeu explica por que detesta Linkin Park e detona clássico "Hybrid Theory"
Por Gustavo Maiato
Postado em 12 de janeiro de 2024
O crítico musical Regis Tadeu explicou em vídeo no seu canal no YouTube por que detesta o som da banda americana Linkin Park e seu álbum de estreia "Hybrid Theory".
"Para produzir este vídeo, revisitei os discos da banda, e devo dizer que foi um desafio encontrar alguma canção que realmente me cativasse dentro da discografia. Foi mais difícil do que tentar escalar o Everest de bicicleta. A melancolia sempre foi o fio condutor que moldou a sonoridade da banda. Mesmo em momentos em que, como equipe, conseguiram soar de maneira pesada, nunca atingiram a intensidade frenética de colegas da época, como Deftones e Korn.
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Isso se deve em grande parte à colocação de todos sob o rótulo de new metal. Para mim, isso é um equívoco total. A agressividade melancólica do Linkin Park acabou sendo dividida ao meio ao longo do tempo, o que, na minha visão, relegou a banda a um papel secundário em termos de relevância.
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Ao ouvir o álbum de estreia, ‘Hybrid Theory’, pela primeira vez em 2000, tive a sensação de que a sonoridade da banda estava um tanto atrasada. Parecia que estavam mais preocupados em impactar uma audiência jovem e rebelde de shopping centers, aquela galera que ignorou o surgimento e consolidação de bandas como Korn, Limp Bizkit, Slipknot e até mesmo o excelente segundo álbum do Papa Roach.
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Um problema substancial que afetou a banda desde o início foi a agressividade superficial de músicas como ‘Crawling’, ‘Runaway’ e ‘In The End’, presentes na segunda metade do álbum. Ao ouvir essas faixas na época e mesmo agora, percebi que a verdadeira intenção da banda era atingir corações sensíveis de uma juventude revoltada que rejeitava qualquer conformidade.
Infelizmente, esse problema persistiu ao longo da carreira da banda. A impressão que tenho é que eles identificaram o mercado mais lucrativo e abriram mão de algumas intenções sonoras genuínas. Isso se refletiu principalmente em vocalizações mais chorosas e sensíveis, que acabaram dando uma aura melódica a canções com letras destinadas especialmente aos jovens rebeldes dos shopping centers. Essa mudança comprometeu, de certa forma, a autenticidade inicial da banda".
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