A reação de Brian May ao ser eleito pela Total Guitar melhor que Jimi Hendrix
Por André Garcia
Postado em 20 de março de 2024
Ao longo dos anos 60, a Inglaterra produziu vários de seus maiores guitarristas: Jeff Beck, Eric Clapton (Cream), Tony Iommi (Black Sabbath), Pete Townshend (The Who), Keith Richards (Rolling Stones), Jimmy Page (Led Zeppelin), Ritchie Blackmore (Deep Purple)… Juntos, eles construíram a base para o surgimento daquilo que viria a ser conhecido como heavy metal — um dos mais amados gêneros musicais do mundo.
Inspirados por eles, na década seguinte surgiram discípulos como Joe Perry (Aerosmith), Ace Frehley (Kiss), Alex Lifeson (Rush) e Eddie Van Halen, bem como duplas dinâmicas como Angus e Malcolm Young (AC/DC), Glenn Tipton e K. K. Downing (Judas Priest) e Scott Gorham e Brian Robertson (Thin Lizzy).
Um nome que não pode ficar de fora dessa lista é Brian May: guitarrista e não só co-fundador do Queen como também o principal responsável pelo lado pauleira (e também o sinfônico) da banda. No começo de uma entrevista de 2020 para a Total Guitar, ele recebeu a notícia de que havia acabado de ser eleito pelos leitores da revista como o maior guitarrista de todos os tempos.
"Estou absolutamente sem palavras e impressionado, devo dizer que isso é totalmente inesperado. Obviamente, estou profundamente emocionado com o fato de as pessoas sentirem isso por mim. Não tenho nenhuma ilusão de que, tecnicamente, eu esteja na prateleira dos grandes guitarristas. Acho que isso me diz que o que eu fiz tocou as pessoas — o que é muito importante para mim. Jamais direi que sou um grande guitarrista, no sentido de um virtuoso. Considero que simplesmente tento tocar com o coração, e só."
A seguir, Brian ficou ainda mais surpreso e grato ao saber que havia deixado em segundo lugar ninguém menos que Jimi Hendrix:
"Meu Deus! Bem, é muito gratificante. Jimi é, sem dúvida, o número um para mim; e eu sempre disse isso. Para mim, até hoje ele ainda é tipo sobre-humano: é como se ele tivesse vindo de outro planeta, e eu jamais compreenderei como ele fez o que fez. E toda vez que volto a Hendrix, fico emocionado e sem reação, fico com a sensação de que ou vou desistir de tocar guitarra por não conseguir igualar aquilo, ou vou ter que realmente me dedicar e tentar botar para fora aquilo que está em meu corpo e alma. Jamais deixei de aprender com Jimi."
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