Por que não fazia sentido criticar Engenheiros do Hawaii por tocarem mal, segundo roadie
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de março de 2024
Os Engenheiros do Hawaii são apontados como uma das bandas mais emblemáticas dos anos 1980 e 1990 do rock nacional hoje em dia. Na época, entretanto, o grupo gaúcho sofreu com críticas da imprensa principalmente por não ser do eixo Rio-São Paulo.
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Em live no Pitadas do Sal, os roadies Nilson e Batista e Cássio Araújo, que trabalharam com a banda na época da formação clássica GLM, explicaram suas visões sobre as críticas.
"O Engenheiros não era Rio, nem São Paulo, então apanhou dos dois lados. A primeira crítica era sobre a qualidade dos músicos em si. Como instrumentistas. Sabemos que a Legião, na mesma comparação, era pré-histórico. Não tocavam nada. O que não diminui a qualidade da obra incrível deles. O Ramones é uma porcaria como músico. Mas são ruins? O trabalho é esse. O Engenheiros apanhou injustamente por causa disso. Hoje em dia, olha onde que chegou o Humberto como letrista. Ele foi subestimado por muito tempo. Hoje ele tem um conjunto de músicas com qualidade, ainda mais se trouxer para o tempo atual. A qualidade das letras. Pode botar ele entre os top de letrista do Brasil", disse Cássio.
"É aquilo, quando uma banda vai lançar um disco, fica no ar como o disco vai ser. Quando a critica malha o artista que você trabalha é foda! [risos]. Para a gente, o que interessa é a quantidade de shows. Quanto mais, melhor. Isso dá uma abalada porque tinha sempre as bandas queridinhas com um monte de shows e nós ficávamos contando", concluiu Nilson.
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