Andreas Kisser lamenta que muitos ainda vejam o Metal como algo violento e destrutivo
Por Bruce William
Postado em 10 de abril de 2024
Durante conversa com Thuanny Judes, da Noize, Andreas Kisser contou qual o sentimento que ele tem nos shows do Sepultura ao se deparar com várias gerações de fãs, que vão desde crianças e jovens até pessoas com mais idade, que já acompanham a banda há décadas.
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"Só comprova que o heavy metal é uma coisa de família. Muita gente, que não conhece o heavy metal e vê de fora, acha que é uma coisa violenta, satânica, que não respeita, e é completamente ao contrário", diz o guitarrista. "O povo do metal, o fã do metal, não compra pirata, ele compra produto oficial, ele se organiza para ir no show, ele não está ali pra ficar ficar azarando mulher do outro ou para usar golpe de jiu-jitsu que aprendeu semana passada. Não tem violência, tem a agressividade da música, assim como tem a agressividade natural do dia a dia e cada um lida com ela de uma forma ou de outra".
Andreas prossegue explicando mais o conceito: "O heavy metal é muito família. Você pode conversar com vários músicos que estão no heavy metal, desde Metallica ou Motorhead. Não é um um golpe de marketing ou o hit número um da Billboard, entendeu? Não é isso. É uma coisa muito mais profunda, mais verdadeira, mais real. Escutar Black Sabbath com o pai e depois mostrar pra ele o Slayer, a evolução do estilo e tudo. Então, é muito respeitoso. O som do Sepultura você vê da vovó até o netinho juntos curtindo um show. É maravilhoso ver isso".
"Tem uma representatividade fortíssima feminina dentro do heavy metal, Crypta e Nervosa são dois exemplos, além de outras vocalistas que estão em grandes bandas aqui no Brasil, como Torture Squad e Hatefulmurder", diz. "A homossexualidade: Rob Halford, vocalista do Judas Priest, 'saiu do armário' e nem por isso o fã de heavy metal queimou disco ou fez boicote. O heavy metal abraça essas diferenças, é algo muito democrático, muito diversificado. O Sepultura tocou em mais de 80 países. Independente de religião e política, a música abre portas. Até no Irã, onde o heavy metal é proibido, existem bandas desse estilo. Não tem como parar isso. É uma coisa muito real, que veio do blues, rock and roll. Então, é muito triste que muita gente ainda veja o heavy metal como uma coisa violenta e destrutiva – e é totalmente o contrário".
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