James Hetfield revela qual o seu álbum favorito do Metallica
Por Bruce William
Postado em 24 de junho de 2024
Formado em 1981, o Metallica lançou ao longo de todos estes anos apenas onze álbuns de estúdio que venderam uma quantia aproximada de 125 milhões de cópias, sendo quase metade delas apenas do "Black Album", de 1991. E uma das características notáveis da banda é a versatilidade de suas composições, sendo o grupo capaz de criar faixas extremamente pesadas e que também são quase baladas como a popular "Nothing Else Matters", além de ter uma habilidade única de transitar entre diferentes estilos musicais dentro do Rock Pesado, o que fez com que eles se tornassem um dos grandes ícones do Heavy Metal de todos os tempos.
E o guitarrista e vocalista James Hetfield, frontman e principal compositor da banda, revelou em uma entrevista à Newsweek em 2017 que tem uma preferência especial por um dos álbuns mais antigos do grupo. Este apego às raízes da Metallica reflete não só a importância dos primeiros trabalhos na definição do seu som e identidade, mas também a conexão emocional que James e os outros membros mantêm com o início de sua carreira, quando eles consolidaram sua obra lançando em cinco anos quatro grandes álbuns, com um deles, o "Master of Puppets" de 1986, sendo considerado um dos discos mais fundamentais da história do Metal.
"Quando você é jovem e não tem nada mais para fazer e essa é a sua vida, isso faz sentido", explica James. "À medida que envelhecemos outras coisas vão acontecendo. Naquela época havia turnês, mas não eram tão intensas como se tornaram após o 'Black Album'. Passar três anos na estrada não acontecia naquela época, então a gente estava sempre de volta ao estúdio. Sem contar que ninguém tinha família para cuidar, o que faz a gente querer estar presente para seus filhos e vê-los crescer".
Prossegue Hetfield: "E é incrível que nos anos oitenta havia muito Metal de qualidade surgindo, não apenas com as bandas do Big Four" - se referindo ao Metallica, Slayer, Anthrax e Megadeth - "mas por meio de muitas outras que foram bastante inspiradas pelo movimento. Havia muitas na Bay Area. Exodus era uma ótima banda, adorávamos assisti-los, fizemos vários shows com eles; havia também uma banda de Seattle chamada Metal Church. Mas, realmente, crescendo em Los Angeles, éramos nós e o Slayer, com certeza. Quem podia ser mais pesado, quem podia ser mais rápido? E era uma competição muito boa e saudável".
Neste ponto, o entrevistador pergunta se James tem algum álbum favorito do início da carreira do Metallica, e ele responde: "Gosto muito do 'Ride the Lightning' porque acho que foi a primeira vez que realmente participamos do processo. No 'Kill 'Em All' nós obviamente escrevemos todas as músicas, mas elas eram basicamente canções dos primeiros anos em que tocávamos nos clubes. Então, apenas entramos no estúdio e as gravamos, mas não fomos autorizados a ficar lá para a mixagem ou qualquer coisa. Já no 'Ride the Lightning' não havia gerente nos dizendo 'Fiquem longe deste estúdio' [risos]. Estávamos realmente integrados naquilo, e pudemos ajudar com os sons, com as ideias e tudo mais".
Segundo álbum do Metallica, o "Ride the Lightning" foi lançado em 27 de julho de 1984 pela gravadora independente Megaforce Records. Sua gravação foi realizada em três semanas com o produtor Flemming Rasmussen no Sweet Silence Studios em Copenhague, na Dinamarca. Conforme relata o Wikipedia, o baterista Lars Ulrich escolheu Rasmussen porque gostou do seu trabalho em "Difficult to Cure" do Rainbow e estava entusiasmado para gravar na Europa. Já Rasmussen, que não conhecia o Metallica, concordou em trabalhar no álbum, apesar dos empregados de seu estúdio questionarem o talento da banda. Rasmussen ouviu algumas fitas do Metallica, antes dos membros chegarem e concluiu que a banda tinha um grande potencial.
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