A surpreendente maneira que Titãs lidaram com problema das drogas nas turnês
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de junho de 2024
Ao longo das décadas de 1980 e 1990, os Titãs se consolidaram como uma verdadeira locomotiva do rock nacional e mesmo que os integrantes fossem saindo o grupo se mantinha forte.
Nessa época, eles aprenderam a lidar com o perigo das drogas, que levou até mesmo Arnaldo Antunes a ser preso. Surpreendentemente, entretanto, os Titãs identificaram o problema e criaram uma espécie de rede de proteção entre eles para buscar evitar as consequências de uma vida desregrada.
Em entrevista ao Roda Viva, Paulo Miklos explicou: "Hoje, não lido mais com as drogas. Sou sobrevivente. Todos da minha geração. Naquela época era algo muito próximo e fácil, com uma oferta de drogas. Essa coisa do rock e da energia do público. Viajando muito e fazendo dois shows por dia. Isso faz com que você se envolva nisso. É algo problemático e difícil.
Cada um no seu momento e com a ajuda de uma rede de segurança, contando um com o outro, cada um de nós atravessou à sua maneira e saiu do outro lado. É uma dinâmica de grupo. Nos ajudamos muito. Nos amparamos, até em problemas pessoais. Na estrada não é diferente. Vivemos por anos mais na estrada do que com a família. Acho que contamos com essa irmandade. Meus colegas passavam mal. Olhava para trás e via o Sérgio Britto desmaiado no teclado. Eu dizia que ele tinha sorte de passar mal, porque eu não passava e continuava".
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