Vocalista do Lamb Of God achou que "som nojento" da banda iria durar pouco tempo
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de agosto de 2024
Fundada nos anos 1990 (sob o nome Burn The Priest), a banda estadunidense Lamb Of God começou a se tornar popular no início dos anos 2000. O quinteto, que se notabilizou pelo seu som brutal e cheio de identidade, alcançou o grande público em 2004, com o lançamento de "Ashes Of The Wake", álbum cuja faixa de abertura é a espetacular "Laid To Rest" [youtube].
Agressiva, rápida e pesada, "Laid To Rest" foi tema de uma matéria especial publicada no site da revista Metal Hammer em 2020. A matéria apresenta depoimentos do guitarrista Mark Morton e do vocalista Randy Blythe, autores da música em questão.
"Lembro-me de sentir uma imensa pressão quando fomos escrever e gravar ‘Ashes Of The Wake’, porque era um novo capítulo para nossa carreira. E não é suficiente apenas fazer o mesmo que você fez antes; você não pode ficar parado, você tem que superar seu material anterior.
Eu entrei com o riff de abertura e ele foi se desenvolvendo a partir daí. Mas, em minha cabeça, eu sabia que tínhamos que tentar fazer algo que não havíamos feito antes. Foi então que comecei a fazer experiências com melodias. Pensei que, se pudéssemos fazer com que Randy fizesse esses vocais realmente brutais, haveria uma maneira de infundir as partes da guitarra com um senso de melodia. É por isso que essa música funciona: ela ainda é tão brutal quanto nosso material mais antigo, mas também é cativante", relatou Morton.
"Laid To Rest" é a música que mudou a história do Lamb Of God, que na cabeça de Randy Blythe, não iria durar muito tempo.
"Todos nós tínhamos empregos diários; saíamos em turnê e voltávamos e tínhamos que trabalhar na construção civil ou algo assim. Decidimos que, se quiséssemos levar a banda a sério, precisaríamos ser capazes de realmente nos comprometer com ela. Não há muitos empregos onde te dizem: ‘Claro, tire seis meses de férias e seu emprego estará esperando por você quando voltar’. Então, decidimos optar pela Epic porque o adiantamento significava que todos nós poderíamos deixar nossos empregos. Mas o cara punk em mim se sentiu muito estranho com isso. Eu estava desconfiado porque era muito distante de onde eu vinha. Achei que seguiríamos o modelo do Sex Pistols - um álbum e pronto. Éramos uma banda de metal com um som nojento, nunca pensei que isso pudesse durar", afirmou o frontman do Lamb Of God.
No fim das contas, o "som nojento" do Lamb Of God deu certo, tanto que o grupo continua na ativa até os dias atuais. O trabalho mais recente do quinteto, que tocou no Summer Breeze Brasil 2023, é "Omens", lançado em outubro de 2022.
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