O álbum composto por Billy Corgan para flopar e ser o "suicídio" do Smashing Pumpkins
Por André Garcia
Postado em 06 de outubro de 2024
Se você tenta fracassar e consegue… você fracassou ou obteve sucesso? No decorrer da história do rock já tivemos vários casos de artistas que gravaram álbuns "ruins" de propósito. Tanto Bob Dylan quando seus discípulos Neil Young e Lou Reed já gravaram disco ruim de propósito para que seus fãs odiassem e os deixassem em paz.
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Billy Corgan, que se tornou um herói do rock alternativo "Siamese Dream" (1993), com "Mellon Collie and the Infinite Sadness" (1995) foi considerado um traidor por ter sido alçado ao mainstream. Ambos os discos venderam 5 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos!
Em 1998, por outro lado, Corgan estava afundado na depressão: além da insatisfação com o que sua vida se transformou com a fama, ele ainda passou por um divórcio e perdeu a mãe. Esse baixo astral todo resultou no "Adore" (1998) — que desagradou tanto aos fãs quanto mais críticos e mal passou de 1 milhão de cópias vendidas.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, no documentário Rock Icons Billy Corgan revelou ter composto o "Adore" para ser um "suicídio" do Smashing Pumpkins em praça pública.
"Em mais de um momento na minha vida eu quis ou me matar ou cometer tipo um suicídio público — o que é em essência a mesma coisa. Olhando para trás, 'Adore' foi um suicídio público: o disco não vendeu, os fãs rejeitaram, a mídia como todo rejeitou... Seis semanas após o lançamento do álbum, o pessoal já estava comparando as vendas do 'Mellon Collie' com o 'Adore'... e aquilo foi o fim."
Embora "Adore" tenha flopado, ele contém a música (e clipe) que possivelmente é minha favorita, "Ava Adore". Confira baixo:
Após a decepção de "Adore", em 2000 o Smashing Pumpkins ainda chegou a lançar "Machina/The Machines of God" e "Machina II/The Friends & Enemies of Modern Music" (o primeiro vendeu 600 mil cópias nos EUA e o segundo foi lançado como download gratuito).
Com as vendas cada vez piores, um cenário musical completamente mudado (para pior) e Billy Corgan deprimido e desanimado (para variar), a banda se separou. Felizmente para os fãs, ainda na mesma década ela ressuscitou com "Zeitgeist" (2007).
Atualmente mais ativa que nunca, lançou ano passado a rock opera em álbum triplo "Atum: A Rock Opera in Three Acts" e este ano o "Aghori Mhori Mei" (o primeiro desde "Machina II" a ser lançado apenas digital e em vinil, deixando de lado o CD).
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