Andreas escolhe as 5 músicas mais importantes do Sepultura; "Somos do Brasil, somos Heavy"
Por Bruce William
Postado em 27 de novembro de 2024
Em um vídeo publicado pela Metal Hammer, Andreas Kisser, que estava acompanhado de Derrick Green, lista as cinco músicas essenciais do Sepultura. Mais abaixo seguem as escolhas feitas pelo guitarrista, e alguns detalhes de sua fala.
1) "Inner Self" do "Beneath The Remains" de 1989 (vídeo) "'Beneath the Remains' causou um impacto tão grande que nem mesmo a gravadora Roadrunner acreditava [ser possível]. Eles alteraram nosso logo, mudaram a capa do álbum, lançaram sem ser uma edição de capa dupla e sem as letras. Como fãs de Metal nós amávamos esses detalhes, então ficamos bastante frustrados por não conseguirmos fazer o álbum como queríamos. Porém, após o lançamento de 'Beneath the Remains' e o sucesso de 'Inner Self', que trouxe um groove mais marcado em comparação com as outras músicas do álbum, a gravadora, a imprensa e os fãs começaram a perceber a importância do disco. 'Inner Self' foi, de fato, a primeira música que introduziu o Sepultura a muitos fãs do underground, especialmente aos que começaram a acompanhar a banda logo no início de sua carreira."

2) "Territory" do "Chaos A.D." de 1993 (vídeo): "'Territory' é uma de nossas maiores músicas, do álbum 'Chaos A.D.', e acredito que ela captura de forma intensa as influências brasileiras que estávamos incorporando à nossa música. A introdução do riff de bateria criado pelo Igor [Cavalera] é uma combinação incrível de Heavy, Hardcore e Metal com ritmos brasileiros. Para mim, ainda é uma das introduções de bateria mais originais, e simboliza o que o Sepultura era naquela época."
3) "Roots Bloody Roots" do "Roots" de 1996 (vídeo): "Eu acho que Roots realmente precisava estar aqui. Foi o álbum que nos catapultou para outra direção, trazendo a forte influência brasileira com percussão, tribos xavantes, Carlinhos Brown, e é a música de abertura que diz tudo: a letra e a nossa origem, a forma como mostramos o mundo do ponto de vista de brasileiros, sem medo de incorporar esses elementos na nossa música. 'Roots' é, sem dúvida, a música que define o Sepultura, ela resume nossa identidade. Somos do Brasil, somos Heavy, e isso é o que fazemos. Essa música se tornou um marco para nós em termos de sonoridade, e sempre será um ponto de referência na nossa trajetória. Muitos músicos e bandas foram inspirados por aquele álbum. E, claro, quando tocamos ao vivo, é uma verdadeira explosão, porque não só toca os fãs do Sepultura, mas também muitas outras pessoas, até aquelas que são 'pessoas normais'.".
4) "Kairos" do álbum de mesmo nome de 2011 (vídeo): "'Kairos' marcou um novo capítulo na trajetória do Sepultura. Depois de 'Roorback', 'Dante' e 'A-lex', que foram feitos em um período turbulento, com várias mudanças de bateristas, empresários e gravadoras, finalmente chegamos à Nuclear Blast. Lembro de um jantar com o Derrick [Green] e um dos nossos empresários, onde conversamos com Markus Steiger, na época dono e fundador da gravadora. Ele foi bem direto conosco e disse: 'Vocês são o Sepultura, não o Pink Floyd, vocês não fazem músicas conceituais de 12 ou 8 minutos.' Esse comentário abriu nossos olhos, e foi quando decidimos simplificar um pouco. Retiramos parte da percussão, não toda, mas a maior parte, e também reduzimos o uso de cordas e orquestras. O foco passou a ser guitarras, bateria, baixo e vocais, e foi assim que construímos o 'Kairos'."
5) "Guardians of the Earth" do "Quadra" de 2020 (vídeo): "Essa é do nosso último álbum, que é um dos mais importantes da nossa carreira, e estamos vivendo tudo isso agora durante a turnê do 'Quadra'. Você sabe que conseguimos superar o lockdown com o álbum que criamos para o evento Sepulquarta, que acabou se transformando em um disco completo. 'Guardians of the Earth' é especial porque, musicalmente, eu queria incluir mais violão acústico, não só como introdução, mas como parte essencial da música. Por isso, a faixa começa com uma parte longa, com bateria, cordas e violão acústico. E então, o fogo vem e destrói tudo o que você conhece, trazendo distorção e gritos, mas também tem essa guitarra simples, porém muito significativa, que fala sobre a beleza da natureza. Ela está lá, independentemente do que fazemos com ela. A beleza da natureza permanece, e precisamos aprender com ela, não destruí-la."
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