Eric Clapton relembra como conheceu seu melhor amigo George Harrison em show com Yardbirds
Por André Garcia
Postado em 08 de novembro de 2024
No mundo do rock muito se fala sobre inimizades épicas como Roger Waters e David Gilmour, Morrissey e Johnny Marr (e, por anos, Axl Rose e Slash, e Noel e Liam Gallagher). Nos anos 90 teve até o fatídico dia que o guitarrista do Oasis desejou que o Blur morresse daquela doença que vitimou Freddie Mercury.
Há no rock histórias de grandes amizades também, entre elas a de George Harrison e Eric Clapton. Amizade essa que durou até o fim da vida do ex-beatle e sobreviveu até mesmo a um triângulo amoroso: nos anos 60 a esposa de George trocou ele por Eric.
Em entrevista para a Rolling Stone do começo dos anos 90 o Slow Hand relembrou que "George [Harrison] e eu somos amigos há muito tempo, sempre estamos por perto quando um precisa do outro." Em seguida, ele contou como eles se conheceram.
"Eu tocava no Yardbirds e a gente estava fazendo um show chamado Beatle Christmas Show no Hammersmith Odeon, em Londres. Os Yardbirds iam tocar no final [e os Beatles no começo], d todas as apresentações no meio eram tipo uma music-hall. Como os Yardbirds eram uma banda de R&B e blues, havia um certo interesse[por parte deles]. Do que se trata? Ele [George Harrison] ficou me observando [enquanto eu tocava], e eu fiquei observando ele tocar para ver ele era um guitarrista de verdade. E era mesmo!"
Como Clapton saiu do Yardbirds em 1965, o encontro deve ter acontecido por volta da época do "HELP!". A seguir, o guitarrista falou sobre como a bagagem musical deles era diferente:
"A gente veio de lados diferentes: eu cresci amando a música negra e ele cresceu ouvindo Chet Atkins e Car Perkins — blues e rockabilly, respectivamente. Aquele estilo rockabilly até me agradava,mas mas nunca quis seguir esse caminho. Acho que com ele foi a mesma coisa: o blues atraía ele, mas ele por algum motivo evitava. Ele se sente muito mais confortável com um estilo de dedilhado."
"A gente vive se esbarrando, temos um relacionamento muito próximo. Como ele é uns dois anos mais velho, ele chegou primeiro que eu, então ele tem uma certa arrogância que nunca some. Eu amo ele e ele me ama, como irmãos, como se estivéssemos sempre um testando o outro. Ao mesmo tempo que há um apoio mútuo total. Ele é como meu irmão mais velho, na verdade. Quando estou perto dele, sempre sinto que tenho que fazer um pouco melhor do que normalmente faria."
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