O problema do Queen que só foi solucionado 50 anos depois, segundo Roger Taylor
Por Gustavo Maiato
Postado em 26 de janeiro de 2025
Por ocasião do lançamento da edição especial de 50 anos do álbum "Queen I", Roger Taylor, baterista da icônica banda britânica, revelou sua frustração com as gravações originais. Em entrevista para o vídeo da série "Queen The Greatest", Taylor relembrou como o som da bateria ficou aquém de suas expectativas no estúdio Trident, em 1972. As falas foram reunidas pela Loudersound.
"No De Lane Lea [estúdio onde gravaram demos em 1971], nós apenas aparecíamos e fazíamos o que podíamos rapidamente", recordou. "No Trident, parecia que estávamos, de fato, no jogo. Mas eu não me dei bem com as ideias deles. Eles tinham uma cabine de bateria conhecida por um som muito seco e morto, e não era isso que eu queria. Queria ouvir a ressonância dos tambores, mas eles queriam algo como ‘thud, whack’. Colocavam tecido e fitas em tudo."
Taylor também mencionou que não pôde usar seu kit de bateria adequado no Trident. "Tive que tocar em uma bateria horrível. Foi péssimo. Disseram que aquele era o ‘som Trident’. Mas não era isso que queríamos. Queríamos o nosso som. Foi uma experiência realmente ruim. Se você ouvir as demos de De Lane Lea, gravadas com meu kit relativamente barato, verá que o padrão é mais alto. A execução é mais movimentada, mas faz sentido e é melhor de ouvir."
Com a tecnologia atual, a banda conseguiu corrigir o problema no box set "Queen I". Taylor explicou: "Usamos todas as gravações originais, mas fizemos soar mais como queríamos na época. O som está mais vivo, mais ambiental. Para mim, é uma melhora significativa, e sei que Brian [May] sente o mesmo."
O episódio especial da série destaca as versões isoladas de Liar – incluindo as demos de De Lane Lea, as gravações do Trident e a remixagem atual de 2024. Segundo Taylor, a nova edição finalmente captura a essência do que o Queen desejava desde o início. "Os tambores agora têm vida", concluiu.
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