As três músicas que definem o Black Sabbath, de acordo com Tony Iommi
Por Bruce William
Postado em 14 de janeiro de 2025
O Black Sabbath viveu duas principais fases bem distintas: a era com Ozzy Osbourne e a com Ronnie James Dio. Com Ozzy, a banda exalava um som mais sombrio e visceral, refletindo as raízes britânicas compartilhadas por seus integrantes em Birmingham. A voz crua e instintiva de Ozzy complementava perfeitamente o peso dos riffs de Tony Iommi. Já com Dio, o Sabbath assumiu uma postura mais teatral e técnica, resultado de sua experiência anterior no Rainbow. Essa mudança trouxe um tom mais profissional e sofisticado à banda, o que diferencia bastante as duas fases.
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E em entrevista ao Songfacts, Tony Iommi foi questionado sobre as músicas que definem essas eras. Conforme resgate feito pela Far Out, para o período com Ozzy, ele escolheu duas faixas emblemáticas: "Black Sabbath" e "Iron Man". Segundo Iommi, essas músicas simbolizam o impacto inicial da banda e moldaram o heavy metal como o conhecemos.
Curiosamente, ele deixou de fora "Paranoid", explicando que a canção foi composta apenas para "preencher espaço" no álbum, mas acabou se tornando um sucesso inesperado por sua simplicidade e curta duração. "Estávamos no estúdio gravando o álbum 'Paranoid', e o produtor [Rodger Bain] disse... Os outros caras saíram para comer alguma coisa, eu sentei e ele [produtor] disse: 'Precisamos de outra música. Não temos músicas suficientes no álbum", contou o guitarrista.
Para a era Dio, Iommi escolheu "Heaven and Hell" como a música mais representativa. Ele explicou: "Essa estava no nosso álbum inicial, e ela resistiu ao teste do tempo. Até mesmo Ronnie, quando seguiu em carreira solo, sempre tocava 'Heaven and Hell.' Tornou-se uma música muito popular." A canção sintetiza a transformação sonora da banda com Dio, mostrando uma faceta mais melódica e épica, sem abandonar o peso característico do Sabbath.
Iommi também falou sobre a decisão de mudar o nome da banda para Heaven and Hell durante a reunião com Dio em 2006, destacando que eles optaram por não tocar material da era Ozzy por um forte motivo. "Foi uma forma de refletir que o Sabbath com Dio era, na verdade, uma banda própria." A abordagem diferenciada de cada era reforça a capacidade do Black Sabbath de se reinventar, mantendo sua relevância ao longo das décadas.
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