Porque o Black Sabbath pisava em ovos no ano mais importante da história do Heavy Metal
Por Bruce William
Postado em 13 de janeiro de 2025
O ano de 1980 foi talvez o mais importante na história do Heavy Metal. A explosão da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), o surgimento do festival Monsters of Rock em Castle Donington e uma lista impressionante de álbuns clássicos, como "Back in Black" do AC/DC e "Ace of Spades" do Motörhead, marcaram a época. Entre essas obras, estava "Heaven and Hell", do Black Sabbath, um disco que salvou a banda de uma possível irrelevância após anos de instabilidade.
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Conforme relembra a Metal Hammer, o final dos anos 70 havia sido desastroso para o Sabbath. Ozzy Osbourne deixou a banda após o álbum "Technical Ecstasy" (1976) e retornou brevemente para gravar o "Never Say Die!" (1978). No entanto, seus problemas com drogas e álcool tornaram impossível a convivência com o grupo, culminando em sua demissão. "Ozzy estava lidando com todo tipo de vício, e isso estava acabando com ele. Não que fôssemos santos, mas ele estava muito pior", recorda Tony Iommi.
Com a saída de Ozzy, a banda considerou um novo projeto fora do nome Sabbath. Foi quando Iommi contatou Ronnie James Dio, que havia deixado o Rainbow. A entrada de Dio parecia arriscada, já que seu estilo vocal era completamente diferente do de Ozzy. Mas logo no início das sessões de gravação, ficou claro que a mudança funcionaria. "Nunca estivemos tão preparados para entrar no estúdio", disse Iommi. "Com Ozzy, nunca sabíamos o que ele cantaria, mas com Ronnie, tínhamos uma ideia muito clara."
Além de Dio, o produtor Martin Birch, indicado pelo próprio vocalista, trouxe uma nova dimensão às músicas. Durante as gravações, Geezer Butler chegou a se ausentar para resolver questões pessoais, com Dio e o músico Geoff Nicholls cobrindo o baixo temporariamente. Apesar dos desafios e contratempos, o resultado foi excepcional. Faixas como "Children of the Sea" e a icônica "Heaven and Hell" mostraram um Sabbath renovado, enquanto "Neon Knights" e "Die Young" traziam uma energia que andava faltando nos trabalhos anteriores.
O álbum foi lançado em abril de 1980 e foi bem recebido pela crítica e público, alcançando as melhores posições nas paradas desde "Sabotage" (1975). Mesmo enfrentando a resistência de fãs que ainda lamentavam a ausência de Ozzy, a confiança do grupo em seu novo material prevaleceu. "Sabíamos que alguns fãs iam criticar, mas acreditávamos no que tínhamos. A maioria nos acompanhou, e ainda ganhamos novos fãs", comentou Iommi.
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