Bruce Dickinson passou por dificuldade igual a de Dio no estúdio, segundo produtor
Por Gustavo Maiato
Postado em 28 de fevereiro de 2025
Gravar um álbum icônico exige mais do que talento – às vezes, é preciso exaurir o artista até o limite. Foi o que aconteceu com Bruce Dickinson, do Iron Maiden, e Ronnie James Dio, do Black Sabbath, durante suas respectivas gravações sob a produção de Martin Birch. O renomado produtor era conhecido por sua busca incessante pela perfeição, o que levou ambos os vocalistas a momentos de grande frustração.
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No livro "The Number of the Beast – Um Clássico do Iron Maiden", de Stjepan Juras, publicado no Brasil pela Estética Torta, há um relato detalhado sobre o quanto Dickinson sofreu para gravar a introdução da faixa "The Number of the Beast". Birch fez com que o vocalista repetisse a passagem inúmeras vezes até que estivesse perfeita.
"Repetimos aquilo várias e várias e várias vezes até Bruce dizer: ‘Minha cabeça está explodindo. Não aguento mais ficar em frente e fazer algo mais e depois voltar a isso’", relata o livro. Mas Birch não cedeu até que tudo estivesse como ele queria.

O produtor comparou a experiência com o que aconteceu com Ronnie James Dio ao gravar "Heaven and Hell". Dio tentou avançar sem aperfeiçoar a introdução, mas ouviu de Birch: "Não. Você tem que resumir toda sua vida no primeiro verso".
Dickinson, então, percebeu a dimensão do que estava sendo exigido dele. "Aos poucos, comecei a ver a diferença entre cantar uma linha e vivê-la. É como se Martin fosse um abridor de latas e eu fosse uma lata de feijões", reflete no livro.

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