Por que na Finlândia não há espaço para filosofia Red Pill, segundo Kiko Loureiro
Por Gustavo Maiato
Postado em 09 de março de 2025
Homens que defendem a chamada filosofia Red Pill são adeptos do pensamento de que há uma masculinidade dominante e há dentro desta linha alguns que desvalorizam as mulheres. Dentro do universo do power metal, esse termo ganhou popularidade na época da saída de Ricardo Confessori do Shaman já que o baterista se utilizou dessa expressão para explicar a ruptura que houve no grupo.
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Em entrevista ao Inteligência Ltda, Kiko Loureiro comentou que na Finlândia, país em que vive há muitos anos, não há espaço para esse tipo de pensamento uma vez que os direitos de todos são preservados e até mesmo a língua finlandesa inibiria essa forma de pensar já que não apresenta variações de gênero como na portuguesa.
"O Red Pill não funcionaria na Finlândia porque a língua não tem gênero lá. Não existe ‘ele’ e ‘ela’. É tudo a mesma coisa. Se você falar inglês com um finlandês ele vai errar isso. Vai usar ‘she’ para homem. Eu conheci minha esposa na Argentina, numa turnê. Depois, ficamos triangulando pelo Brasil, EUA e Finlândia. Durante a pandemia resolvi me instalar na Finlândia mesmo. Seja na política ou educação, eles sempre são eleitos o país mais feliz do mundo. São mais de 100 parâmetros, mas eles mesmos dizem que não são felizes. Eles respeitam, todos têm tempo para família e trabalham no que gostam. O estado dá segurança também. Aqui é absurdo, lá a desigualdade está aumentando, mas não se compara. Independente da onde você vem seu filho estará numa escola boa", disse.

Durante o bate papo, Kiko Loureiro também refletiu sobre as condições de ensino no país europeu e como o povo daquela nação sempre é eleito o mais feliz do mundo. "A Finlândia foi número um por muitos anos e deve estar entre os cinco primeiros. Então, a educação é fantástica para todos, né? Independente de cor de pele, independente de onde vem, etc. Nos Estados Unidos já não é assim, apesar da educação nos Estados Unidos ainda ser pública, né? Ainda é pública. Mas os Estados Unidos têm um sistema em que você tem que estudar na escola do teu bairro, como na Europa."

Ele continuou: "Só que, se aquela escola está indo bem em notas, o valor das casas sobe. Olha que louco, né? Por causa da escola! Então, se você é um pai, onde você vai escolher morar? Você vai escolher onde tem boas escolas. Aí, se tem boas escolas, significa que aquelas casas são mais caras. Se aquelas casas são mais caras, você tem uma família com poder aquisitivo maior. Aquela família com poder aquisitivo maior, pelo esquema dos Estados Unidos, que tem muita doação para descontar no imposto de renda, vai doar para a escola. Então, aquela escola vai ter um teatro bonito, vai ter instrumentos musicais, vai ter mais lápis de cor, computador, etc. Isso não vai ter na escola do gueto. Na escola do gueto não vai ter nada disso. Vai ter uma grade", disse.

Confira o episódio inteiro abaixo.

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