O clássico álbum do Oasis resultado de "muita droga, brigas e gravações horríveis"
Por André Garcia
Postado em 28 de maio de 2025
O Oasis foi formado por Liam Gallagher no começo dos anos 90, mas por muito tempo foi uma banda que não chegou a lugar nenhum (e nem dava sinais de que chegaria). A virada de chave foi a entrada de seu irmão mais velho na guitarra, Noel Gallagher.
Em pouco tempo Noel se tornou o letrista e compositor da banda. Quando eles fizeram sucesso em 1994, ele já era o líder, principalmente dentro do estúdio.
Após o imenso sucesso de seus dois primeiros trabalhos, "Definitely Maybe" (1994) e "(What's the Story) Morning Glory?" (1995), os irmãos Gallagher ficaram ricos, famosos e se jogaram no estilo de vida rockstar. Só que quando você começa a andar de limusine, comprar casacos de pele e abusar de bebida, drogas e farra… a música acaba pagando o preço.

No caso do Oasis, a conta chegou durante a produção de seu terceiro álbum, "Be Here Now" (1997). Como se não bastasse o desgaste físico e criativo da banda, começaram as tretas entre os irmãos. Para piorar, Noel — com o ego inflado por doses cada vez maiores de cocaína — viajou errado na produção. A produção soa muito exagerada, excessiva, forçada… tudo é muito épico, tudo soa grandioso, as músicas soam mais longas do que deveriam ser. São várias camadas de instrumentos, guitarras barulhentas e orquestra sobrepostas.
A ideia deve ter sido fazer algo como o turbilhão sonoro que os Beatles fizeram em "I Am the Walrus", mas só que ficou bagunçado, inchado e cansativo.
Nos três discos o Oasis contou com Owen Morris como co-produtor, atuando como braço direito de Noel.
Conforme publicado pela Far Out Magazine, Morris não carrega na memória boas recordações do "Be Here Now".
"A única razão de estarmos ali era o dinheiro. O Noel tinha decidido que o Liam era um vocalista de merda. E o Liam, por sua vez, passou a odiar as músicas do Noel. E assim a coisa foi indo.
Montanhas de drogas. Brigas gigantes. Um clima péssimo. Gravações horríveis."
"Be Here Now" foi relançado em 2016 em versão deluxe em álbum triplo: o disco original, um disco de lados b, demos e versões ao vivo, e um disco só de demos gravadas em Mustique (ilha do Caribe). Originalmente Noel Gallagher remixaria todo o álbum, mas ele mudou de ideia no meio do caminho e remixou apenas a faixa de abertura, "D'You Know What I Mean" (que continuou soando poluída demais):
Após o decepcionante "Be Here Now" o Oasis lançou "The Masterplan" (1998), uma compilação de lados b. Isso, aliás, foi um dos grandes arrependimentos de Noel Gallagher em relação ao Oasis. Posteriormente ele confessou que deveria ter lançado "The Masterplan" primeiro e tirado um tempo para recarregar as baterias antes de embarcar na produção de "Be Here Now".
"Esse é o único arrependimento que tenho como compositor", confessou Noel. A história teria sido totalmente diferente."
"The Masterplan" não foi tão mal recebido quanto "Be Here Now", mas também teve uma recepção mista por parte da mídia. Ambos foram criticados pela falta de coesão: embora tenham sido elogiados pelos pontos altos (faixas como "Stand By Me", "Don't Go Away", "Acquiesce" e "Talk Tonight"), foram criticados pela monotonia de seus pontos baixos.
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