O compositor que Chris Cornell considerava único e que, pra ele, ninguém superou
Por Bruce William
Postado em 22 de junho de 2025
Chris Cornell sempre procurou caminhos pouco convencionais dentro do Soundgarden. Nos álbuns da banda, era comum encontrar afinações pouco usadas, compassos quebrados e mudanças bruscas de ambiente dentro de uma mesma música. Basta ouvir faixas como "Fell on Black Days" e "Black Hole Sun" para perceber como ele gostava de costurar elementos que fugiam do padrão de um rock reto e fácil de assimilar.
Chris Cornell - Mais Novidades
Nos anos noventa, quando Seattle virou vitrine mundial, Cornell e seus parceiros mantinham uma regra silenciosa: não seguir a fórmula que havia dominado o rock de arena da década anterior. Entre suas principais referências para isso, ele destacava o trabalho de Syd Barrett, que foi a mente por trás do Pink Floyd em seus primeiros anos. Para ele, a forma como Barrett misturava psicodelia escura com letras quase infantis era uma combinação que ninguém mais conseguiu imitar com a mesma força.
Cornell comentou isso mais de uma vez, mas deixou registrado de forma clara: "As letras do Syd Barrett, principalmente no primeiro disco, são assustadoras e sombrias, mas ao mesmo tempo um circo caleidoscópico, e esse contraste eu nunca ouvi antes ou depois. Se alguém me dissesse que era uma banda nova, eu iria ver e acharia incrível", lembrou o vocalista, em fala resgatada pela Far Out. Para ele, isso fazia de discos como "The Piper at the Gates of Dawn" um marco intocado, mesmo que o próprio Barrett tenha permanecido pouco tempo à frente do Floyd.
Depois que Barrett se afastou por problemas mentais, o Pink Floyd se transformou em outro projeto, indo para o lado de álbuns gigantes como "Dark Side of the Moon" e "Animals". Cornell respeitava essa fase, mas nunca escondeu que sua fascinação estava mesmo no início caótico. Para ele, aquilo era mais do que um som diferente: era o retrato de uma mente que conseguia ser pura e perturbada ao mesmo tempo, como poucas vezes o rock ousou ser.
Outros artistas também o impressionaram, como Jeff Buckley, mas a forma como Barrett surgia nos palcos - e depois desapareceu - seguia para Cornell como algo que o tempo não repetiria. Na visão dele, o Pink Floyd virou imenso, mas tudo começou com um único sujeito que pintava sonhos estranhos enquanto ainda conseguia segurar uma guitarra.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Dave Grohl elege o maior compositor de "nossa geração"; "ele foi abençoado com um dom"
PETA pede que Robert Plant mude de nome para promover causa animal
Rush confirma primeiros shows da turnê de reunião na América Latina
Adrian Smith diz que Iron Maiden nunca mais será o mesmo sem Nicko McBrain
Baterista Mikkey Dee (Scorpions, Motörhead) fará turnê tocando Kiss com orquestra
Ouça a versão do Testament para "Seek & Destroy", do Metallica
The Cult anuncia pausa na carreira por tempo indeterminado
Ace Frehley ficou assustado ao ver seu rosto no caixão de Vinnie Paul
O festival em que Steve Harris implorou para tocar; "fico em qualquer hotel", disse
"Bruce Dickinson é mais profissional que Paul Di'Anno era", destaca Adrian Smith
A música "obscura" que é a melhor do Nirvana, segundo a Kerrang
A capa de disco do Iron Maiden que "enlouqueceu" Derek Riggs
Jéssica Falchi (ex-Crypta) anuncia nova banda e lançamento do primeiro single
O que Metallica aprendeu sobre compor com Soundgarden, segundo James Hetfield
Dream Theater anuncia dois box-set, que serão lançados em novembro

Bruce Dickinson aponta a característica que havia em comum entre Andre Matos e Chris Cornell
O saudoso e poderoso cantor com quem Eddie Van Halen tentou trabalhar, mas não conseguiu
A melhor banda de rock alternativo de todos os tempos, segundo Chris Cornell
A música do Soundgarden que Chris Cornell se recusou a cantar, mesmo achando incrível
Chris Cornell: como era o misterioso cantor na "vida real", segundo Tom Morello


