A banda de heavy metal que mais ganhou dinheiro no mundo, segundo Regis Tadeu
Por Gustavo Maiato
Postado em 30 de julho de 2025
O heavy metal sempre foi mais do que apenas música — para muitos fãs, é uma filosofia de vida, uma estética, uma herança passada de geração em geração. E poucas bandas entenderam isso tão bem quanto o Iron Maiden. Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., o crítico musical Regis Tadeu explicou por que, em sua visão, a banda britânica é a que mais faturou na história do gênero. E o segredo está muito além dos riffs pesados.
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"O Iron Maiden é um case, como vocês costumam dizer. Assim como o Kiss foi um case e continua sendo, de certa forma. Mas o Maiden teve uma ideia genial: criaram um mascote, o Eddie, que virou a cara da banda", afirmou Regis. O personagem macabro apareceu pela primeira vez em 1980, na capa do disco de estreia, e rapidamente se tornou símbolo da banda. "Eles venderam muita camiseta com isso. Vendem até hoje", destacou.
Mas o sucesso não veio apenas da imagem. Segundo Tadeu, o Maiden entendeu como transformar sua estética em algo palpável, que envolvesse o fã em todos os sentidos. "A cada álbum, o Eddie é remodelado. Tem o Eddie samurai, o ciborgue, o legionário... Cada turnê tem uma versão diferente. Isso virou parte do show, da experiência", explicou. "Se não tem o Eddie, não é show do Iron Maiden."

Essa fidelidade ao conceito visual é um dos pilares do faturamento milionário da banda. "Eles criaram uma identidade e usaram isso pra vender merchandise de maneira absolutamente brilhante. Eu não conheço banda que tenha faturado tanto com isso quanto o Iron Maiden. Talvez o Kiss se equipare", avaliou.
Para o crítico, o segredo está em oferecer uma experiência completa. "Toda banda de sucesso tem um conceito estético bem definido. Se não tem, fica parecendo com tudo. Tem que ter uma linha visual, logotipo que converse com o cenário, com os figurinos. Mesmo que inconscientemente, você busca esse conceito", afirmou, destacando que o fã de metal costuma ser exigente e fiel. "O fã de metal é cabeça dura, quer fidelidade. Se a banda muda muito, perde público. O visual também é uma forma de fidelidade."

A longevidade do Maiden, na visão do crítico, também se explica por essa conexão geracional. "Você vai a um show de metal e vê pai, filho e às vezes até o avô. O metal é quase uma doutrina. Passa de geração em geração", comentou.
O impacto cultural do Eddie é tanto que, até hoje, paira um certo mistério sobre como o personagem é apresentado nos palcos. "Nos shows, o boneco tem uns cinco metros de altura. Tem gente que acha que é robô, outros dizem que tem um cara dentro. Não importa. É tão ridículo que é legal", brincou Régis, rindo. "Mas é isso que o fã quer. A magia faz parte."
Confira a entrevista completa abaixo.

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