A resposta de Dinho sobre possibilidade de Kiko Zambianchi ser efetivado no Capital Inicial
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de setembro de 2025
O Capital Inicial é uma das raras bandas brasileiras dos anos 1980 que conseguiram atravessar gerações e manter relevância. Parte dessa história de longevidade se deve não apenas aos integrantes fixos, mas também a artistas que cruzaram o caminho do grupo em momentos decisivos. Um desses nomes é Kiko Zambianchi, cantor e compositor que, mesmo sem nunca ter feito parte oficial da banda, acabou eternamente associado a ela graças ao sucesso estrondoso de "Primeiros Erros" no "Acústico MTV" de 2000.
Em entrevista ao podcast Desculpincomodar, Dinho Ouro Preto falou sobre a relação com Zambianchi e respondeu se chegou a existir a possibilidade de integrá-lo oficialmente ao Capital. Segundo o vocalista, essa hipótese nunca esteve realmente em pauta. "Acho que não. Acho que ele também não quis em momento algum. O Kiko é bastante independente, sabe? Ele é um compositor fértil, não para de compor, não para de tocar. E acho que ele sempre quis independência, seguir o caminho dele."
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Kiko Zambianchi e Capital Inicial
A história entre Capital Inicial e Kiko, no entanto, vem de muito antes do sucesso televisivo. Dinho contou que a banda já tocava músicas do cantor em seus ônibus de turnê, no fim dos anos 1990, muito antes de gravarem juntos. "A gente gostava das canções dele, tocávamos Primeiros Erros, Rolam as Pedras... quando começamos a olhar em volta, pensar em quem poderíamos chamar para o acústico, parecia natural. Foi uma escolha fácil, tanto da canção quanto do convidado."

A escolha se revelou acertada. A versão de "Primeiros Erros" registrada no "Acústico MTV" explodiu nas rádios e se tornou um dos maiores hits do Capital Inicial, a ponto de muitos fãs mais jovens associarem a música exclusivamente à banda. Dinho reconhece que isso é curioso: "Às vezes toco um remix de ‘Primeiros Erros’ e as pessoas perguntam por que botei outra voz. Dá vontade de explicar que a música é do Kiko, mas ela acabou se tornando do Capital irreversivelmente."
Apesar disso, a parceria nunca significou que Zambianchi deixaria de lado sua própria trajetória. O cantor, que nos anos 1980 viveu momentos de grande visibilidade com composições autorais, sempre se manteve ativo como artista solo. Para Dinho, essa é justamente a essência de Kiko: a necessidade de preservar sua identidade. Não à toa, o vocalista do Capital destaca que, mesmo sem vínculo formal, o compositor esteve presente em diversos momentos da banda. "Ao longo desses anos todos, gravamos muitas coisas do Kiko, inclusive inéditas. Ele sempre esteve conosco de alguma forma."

Atualmente, a relação segue próxima. Zambianchi voltou a dividir o palco com o Capital em turnês recentes e participa de novos projetos, incluindo uma composição inédita chamada "Mundo Imaginário", que deve ser lançada em um EP do grupo. Para Dinho, essa conexão simbiótica é a prova de que o elo entre eles vai muito além de contratos ou formações oficiais: é uma afinidade musical e pessoal que resiste ao tempo.
Confira a entrevista completa abaixo.

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